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quarta-feira, maio 8, 2024

Urussanga: Gustavo Cancelier aguarda resultado do processo judicial

José Adílio
Urussanga

O prefeito afastado de Urussanga, Luís Gustavo Cancellier, escapou da cassação ao ter a Comissão de Investigação e Processante (CIP) arquivado na Câmara de Vereadores de Urussanga. Porém ele corre o risco de ter uma nova CIP aberta sob a alegação de que o mérito do processo não ter sido julgado. Amanhã, ele terá o processo julgado no Tribunal de Justiça com relação à denúncia de prática de crimes administrativo e também com relação a cautelar de poder voltar ou não a comandar Urussanga. Na sexta-feira (20), fará um ano do afastamento de Cancellier. O vice-prefeito Jair Nandi é quem comanda o município de forma interina.

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O prefeito afastado saiu indignado da sessão de segunda-feira, quando teve o processo arquivado. Segundo ele, está sentindo vergonha com todas as manobras que estão acontecendo nos últimos dias em Urussanga. “É uma manobra absurda”, falou com relação ao arquivamento da CIP, por avaliar que os vereadores não teriam votos suficientes para a cassação. Ele também acusou o MDB de estar por trás de todas as ações que vêm sendo realizadas pela Câmara de Vereadores, incluindo o processo de cassação do vereador Rozemar Sebastião, o Taliano, que também está enfrentando uma Comissão de Investigação e Processante. “Eles tentaram abrir uma CIP em setembro de 2021 e não conseguiram, com o afastamento de três vereadores entraram com nova CPI em fevereiro e conseguiram fazer a abertura, agora com a volta do vereador Taliano, eles viram que não teriam número suficiente, resolveram arquivar”, relata Cancellier.

Ele avalia que neste ano afastado do poder e com a insegurança jurídica que se criou em Urussanga, o município está praticamente parado. Para reforçar, Cancellier aponta que no primeiro trimestre de 2021, Urussanga gerou 210 novos postos de trabalho, e que no primeiro trimestre deste ano, o município registrou mais demissões do que contratações, ficando com um déficit de menos 83 empregos gerados. “Tenho conversado com os colegas prefeitos e eles falam que é muito ruim a situação enfrentada por Urussanga”, disse.

Cancellier confirmou que desde o dia do afastamento vem recebendo o salário de prefeito, o que considera justo por ter sido eleito com o voto da população. Segundo ele, neste ano está com bastante gastos com advogados, para o acompanhamento dos processos. “Primeiro, eu fui eleito pelo povo, a vontade do povo de Urussanga, a vontade que eles queriam era me ver por mais quatro anos. Eu também acho justo porque nós estamos gastando com advogado, eu gasto bastante com advogado e posso dizer para vocês que quase não sei se o que eu ganhei já não gastei com advogado”, falou na entrevista que concedeu na Manhã de ontem na Rádio Marconi.

A equipe de reportagem do Jornal Tribuna de Notícias tentou falar com o presidente da Câmara, Elson Roberto Ramos, o Beto cabeludo (MDB), mas não conseguiu nem através do WhatsApp e nem por ligação. Porém, na entrevista concedida na Rádio Marconi, o presidente fez algumas colocações, após Cancellier ter falado da sua condução no caso das CIPs. “Gostaria de deixar claro a toda a população urussanguense: independente de eleitor, independentemente de partido político, quem entrar com alguma manifestação na Câmara Municipal de Urussanga, eu na condição de presidente, vou botar sim em votação, não vou engavetar”, falou a reportagem da rádio. Beto afirmou que a formação da comissão é realizada através de sorteio.

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