Tiago Monte
Criciúma
Após o jogo, o técnico Cláudio Tencati questionou a postura do árbitro Rodolpho Toski Marques no lance que gerou o primeiro cartão amarelo para Claudinho, no início da partida. Depois, no encerramento da etapa inicial, o lateral acabou expulso. “Na minha opinião, o árbitro que foi infeliz, principalmente no primeiro lance do Claudinho, onde foi uma disputa de bola normal e ele já deu advertência. Não é um lance temerário, um carrinho, um pontapé, um agarrão… É disputa de bola. Simplesmente uma solada. Como a gente fala no futebol: um ‘agulhão’. Dividiu a bola com o adversário, pegou o pé do adversário também. Falta. Mas falta normal, não para cartão. Lances que, na minha opinião, complicam”, diz.
Ao mesmo tempo, Tencati não questiona o lance que gerou a expulsão do jogador. “Eu não vou me omitir aqui a respeito do lance, porque a gente já reviu e, infelizmente, o Claudinho deixa o pé em um lance que já tinha definido, era só uma disputa para pegar a bola, não tem necessidade. Passamos dos limites ali e tem um prejuízo para a equipe. Mas a gente tem trabalhado e conversado individualmente e coletivamente”, comenta.
O treinador, entretanto, questionou a ação do VAR nos jogos do Criciúma. “O VAR, na minha opinião, tem trabalhado mais contra o Criciúma do que a favor, porque em um lance na minha frente, o adversário da um tapa bem na cara do Fellipe (Mateus), em uma jogada, e simplesmente não acontece nada. Foi no Eduardo. Sobrou um braço no rosto. O que recomenda a Fifa sobre isso: cartão amarelo, o jogador já tinha, era expulsão. E ele não fez. Quer dizer, são lances assim que pondera para um lado e outro não. O lance do Helder foi normal e o VAR queria inventar coisa para levar nosso jogador expulso. Essa é a minha ponderação: precisa de critério para ambos os lados”, pontua.
Tencati reforçou que havia alertado os atletas sobre a ação do árbitro de vídeo. “A gente tem trabalhado e falado. Existe uma ansiedade que é normal e ela existia. Foi o que trabalhamos durante toda a semana para minimizar a ansiedade. Sabíamos que era um jogo importante para nós e poderia nos render um passo para o acesso. Falamos a respeito de que existe o VAR e ele está atendo a todos os lances – seja a nosso favor ou contra nós. Ao mesmo tempo, qualquer lance de revide, não faça porque o VAR vai ver”, diz.
O treinador elogiou o desempenho da equipe, principalmente no segundo tempo, e diz que o Tigre está vivo e vai brigar pelo acesso. “A gente procurou as alternativas, mas, infelizmente, não ocorreu de obtermos o gol para conquistarmos os três pontos, mas nós permanecemos totalmente vivos pelo acesso. Isso que foi o importante: o comportamento dos jogadores deve ser exaltado no compromisso de marcar bem e atacar. Criamos alternativas com um jogador a menos. Eles cumpriram com o que a gente pediu, a equipe foi equilibrada no segundo tempo e poderíamos ter ganhado o jogo”, finaliza.
