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sábado, abril 27, 2024

Jornal impresso: confiança e credibilidade

Qualidades foram elencadas por 56% dos entrevistados no Brasil

Thais Borges

Ter compromisso com a realidade e ética é um juramento que o estudante de jornalismo faz no momento da formatura, assim que oficialmente encerra a graduação. A promessa é seguida rigorosamente no ofício. Apurar as informações com responsabilidade fideliza os clientes dos meios de comunicação mais tradicionais, como o jornal impresso e a televisão. Uma pesquisa do Datafolha revela que estes são os que mais ganham a confiança dos leitores.


Segundo lugar

O estudo revela que 61% dos entrevistados confiam mais nos programas jornalísticos de televisão. Os jornais impressos aparecem em segundo na lista, com 56% de confiança do público, seguidos dos programas de rádio, representando 50% de aprovação.


O levantamento mostra que as mídias sociais são as que menos chamam a atenção dos leitores. O Whatsapp e o Facebook têm a aprovação de somente 12% do público questionado. Nestes meios a proliferação de notícias falsas é facilitada pela autonomia dos usuários compartilharem qualquer informação, sem nenhum tipo de verificação. O problema evidencia que quando o assunto é compromisso com os fatos, é melhor recorrer aos meios de comunicação mais confiáveis.


“O jornal impresso mostra aquilo que é fato. Os veículos de comunicação tradicionais ainda não perderam a essência. Isso aumenta a nossa responsabilidade cada vez mais”, fala Edson Da Soler, proprietário do Tribuna de Notícias e presidente da Associação Catarinense dos Jornais (ACJ). “Um jornal é um documento e uma prova. As pessoas acreditam ainda no jornal feito com responsabilidade, sem tendência partidária”, acrescenta.

Portais de notícias têm crédito

Os sites de notícias também têm a confiança dos consumidores de informação. Na pesquisa, 38% dos entrevistados afirmaram acreditar no veículo. O grupo de comunicação regido por Edson Da Soler também administra o portal TNSul. O site publica informações de última hora sobre os principais acontecimentos da região Sul do Estado.
TN Sul

A redação do Tribuna de Notícias conta com a participação de sete jornalistas graduados, sendo uma editora-chefe, além de um fotógrafo e dois diagramadores. “Para escrever tem que saber fazer uma boa redação. Jornalista estuda muito tempo para isso. Quando se forma, faz um juramento para ter ética. É uma pena que o jornalista seja penalizado por coisas que ele não tem culpa de uns tempos para cá”, compartilha Da Soler.


Politicagem, não!

O presidente da ACJ afirma que não cederá para pressões políticas. “Não posso fazer um jornal para agradar políticos. Isso mostra que o jornal tem responsabilidade, porque a partir da hora que qualquer veículo de comunicação começar a pensar no lado financeiro, se perde o sentido da coisa”, diz. “Falta à própria sociedade e aos políticos ter respeito com os jornalistas. O profissional sabe o que está fazendo. Nós não estamos aqui para agradar políticos. Muitas vezes, por sermos verdadeiros, somos retaliados”, encerra.

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