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domingo, maio 19, 2024

Santa Catarina registra mais casos de Febre do Oropouche

Região Sul não possui pacientes com a doença, porém especialistas alertam sobre a prevenção

Criciúma
Edson Padoin
cidades@tnsul.com

Santa Catarina enfrenta um aumento nos casos de Febre do Oropouche, conforme confirmado pela Secretaria de Estado da Saúde, por meio da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) e do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-SC). Ontem, foram confirmados mais cinco casos da doença, sendo quatro em Brusque e um em Luiz Alves. Com isso, o estado já totaliza dez casos confirmados, distribuídos em diferentes municípios, como Brusque, Botuverá e Luiz Alves. Apesar de não ter casos na região Sul, a orientação de prevenção é a mesma.

Diante desse cenário, a Dive informou que as autoridades de saúde estão intensificando as medidas de prevenção e controle da doença. Uma série de ações complementares serão desenvolvidas pelas Secretarias Municipais de Saúde em conjunto com o Estado, incluindo a sistematização das informações dos casos suspeitos e confirmados, a coleta de vetores para levantamento entomológico e o encaminhamento de amostras de outros pacientes para testagem pelo Laboratório Central de Saúde Pública de Santa Catarina, visando fortalecer a vigilância da Febre do Oropouche.

A coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Criciúma, a bioquímica Andréa Goulart de Oliveira, ressalta a importância de que a região Sul esteja alerta, mesmo sem casos registrados até o momento no município. “Considerando a alta transmissibilidade, também estamos expostos na nossa região, principalmente porque outros mosquitos também podem ser contaminados. Os cuidados são os mesmos da Dengue, como o uso de repelentes”, enfatiza a coordenadora.

Casos no país aumentam 421%

O Brasil tem observado um grande aumento do número de casos de Oropouche. De acordo com o último boletim do Ministério da Saúde já são 4.349 casos em 2024; enquanto em 2023 foram 835. O número representa um aumento aproximado de 421%.

Atualmente, com exceção do Tocantins, todos os estados da região norte registraram casos autóctones da doença. Dos estados da região extra-amazônica, 5 já registraram casos autóctones, sendo eles PI, BA, ES, RJ e SC.

O que é?

Conforme o Ministério da Saúde, a Febre do Oropouche (FO) é uma doença causada por um arbovírus (vírus transmiti do porartrópodes) do gênero Orthobunyavirus, da família Peribunyaviridae. O Orthobunyavirus oropoucheense (OROV) foi isolado pela primeira vez no Brasil em 1960, a partir de amostra de sangue de uma bicho-preguiça (Bradypus tridactylus) capturada durante a construção da rodovia Belém-Brasília. Desde então, casos isolados e surtos foram relatados no Brasil, principalmente nos estados da região Amazônica. Também já foram relatados casos e surtos em outros países das Américas Central e do Sul.

A transmissão da Febre Oropouche é feita principalmente por mosquitos. Depois de picar uma pessoa ou animal infectado, o vírus permanece no sangue do mosquito por alguns dias. Quando esse mosquito pica outra pessoa saudável, pode transmitir o vírus para ela.

Os sintomas são parecidos com os da dengue e da chikungunya: dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, náusea e diarreia.

Prevenção

● Evitar áreas onde há muitos mosquitos, se possível.
● Usar roupas que cubram a maior parte do corpo e aplique repelente nas áreas expostas da pele.
● Manter a casa limpa, removendo possíveis criadouros de mosquitos, como água parada e folhas acumuladas.
● Se houver casos confirmados na sua região, siga as orientações das autoridades de saúde local para reduzir o risco de transmissão, como medidas específicas de controle de mosquitos.

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