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Criciúma
domingo, maio 19, 2024

Jogadores do Tigre ajudam o RS

Atacante Éder, um dos líderes do grupo de atletas do Criciúma, lidera o mutirão e confirma auxílio aos desabrigados pela enchente

Tiago Monte

Criciúma

O futebol, em algum momento, ficou em segundo plano, na entrevista coletiva concedida pelo atacante Éder, na manhã de ontem, no Centro de Treinamento Antenor Angeloni. Diante da catástrofe, sem precedentes, no Rio Grande do Sul, o jogador confirmou que os atletas realizaram doações e se engajaram na campanha de arrecadação de donativos liderada pelo Criciúma. “Primeiramente, começar a semana com pensamento positivo e solidariedade aos nossos companheiros do Rio Grande do Sul. Por tudo o que estão vivendo, por aquilo também que o clube se dispôs a fazer, e alguns atletas também, individualmente, para ajudar nesse momento de dificuldade que estamos vivendo e é muito triste”, pontua.

O jogador, que tem amigos no Rio Grande do Sul, ressalta que o momento é de solidariedade e que nem se deve questionar sobre jogos adiados no Brasileirão. “A gente não pode nem falar de jogos adiados. Disso, daquilo… Acho que os momentos que estamos vivendo são de uma catástrofe sem igual. Gente que tem que abandonar tudo, perder família e  perder casa. Muita gente teve que sair só com a roupa do corpo e não sabe nem quando vai voltar. Tenho vários amigos lá, da parte de criação do Cavalo Crioulo, que perderam muita coisa mesmo”, comenta.

Éder ressalta que o momento é de solidariedade e de tentar proporcionar o mínimo de de conforto ao povo gaúcho. “É o mínimo que a gente pode fazer. Tentar dar o mínimo de conforto. O clube e os meninos (jogadores) individualmente estão doando água potável, roupa, comida… A gente, junto com o clube, fez o nosso possível e vamos continuar fazendo, porque, como eu falo, acho que é o mínimo de conforto que podemos dar para essas pessoas. Por tudo o eles estão passando”, diz. “Eu, através desses amigos que estão me mandando mensagem, vi coisa triste, como todo mundo está vendo aí na mídia. Então, fica a nossa solidariedade: da minha parte, do grupo e do clube. O que a gente pode fazer, nesse momento de dificuldade do Rio Grande do Sul, a gente vai fazer, com certeza”, completa.

Período importante para treinamento

Falando sobre futebol, Éder acredita que a pausa de 19 dias que o Criciúma terá, até o jogo contra o Palmeiras, no domingo, dia 19, às 11 horas, no estádio Heriberto Hülse, é fundamental para realizar ajustes. “Temos que aproveitar que tiveram essas folgas para melhorarmos aquilo que, talvez nos primeiros jogos, ou até desde o Catarinense, temos que melhorar. São alguns detalhes, mas precisamos melhorar. Temos que aproveitar essa semana para trabalhar bem e melhorar aquilo que o Mister (Cláudio Tencati, técnico) pede para nós. Também vamos inserir aqueles novos (jogadores) que estão chegando. Eu acho que vai ser positivo trabalhar bem essas duas semanas, até o jogo contra o Palmeiras”, pontua.

O jogador ressalta que o Criciúma vem de muitos jogos seguidos, desde o Catarinense. “Eu acho que a nossa equipe sempre treina bem. Quando vai a campo, dá sempre o melhor. Essas paradas, alguns podem dizer que podem atrapalhar. Outros, não. Eu acho que viemos de muitos jogos, desde o Catarinense. Quase 26 ou 27 jogos no ano. Eu acho que o importante é darmos sequência no trabalho que a gente vem fazendo”, destaca.

Enquanto estiver bem fisicamente, o atacante segue

Desde o início da temporada, a parte física de Éder é monitorada pelo departamento de preparação física do Criciúma, junto com os médicos do clube. O próprio jogador está atento aos sinais do corpo. Porém, ele garante que, enquanto estiver bem fisicamente, seguirá jogando normalmente.    “Desde quando eu cheguei, eu falei com o Mister Tencati, e com a diretoria, que eu estarei à disposição enquanto estiver bem fisicamente, que não me atrapalhe em campo. Eu sei que eu posso dar o meu melhor, meu 100%. Quando eu ver que eu não aguento mais, fisicamente, eu acho que é o momento também de eu conversar com eles. Então, estou levando…”, destaca.

O atacante teve um problema na região lombar, nas costas, no final do Campeonato Catarinense, mas, segundo ele, está melhor. “Tive um problema nas costas, no final do Catarinense e estou trabalhando… Voltei nesses jogos: parcial contra o Vasco, jogando mais contra o Bahia e me senti melhor dessas dores nas costas. Então, é continuar trabalhando até quando, como eu falei, eu tiver me sentindo bem pra ir em campo e dar o meu 100%. No momento que eu ver que está me atrapalhando, eu serei o primeiro a conversar com eles, mas isso, desde a minha apresentação, eu conversei com o Mister Tencati, e com a diretoria. E vamos levando assim”, ressalta.

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