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segunda-feira, maio 6, 2024

Forquilhinha celebra aniversário com o olhar voltado ao futuro

Processo teve alguns plebiscitos, levou anos até ser concretizado e acabou ajudando outros municípios

Forquilhinha
Paulo Paixão
cidades@tnsul.com

O município de Forquilhinha completa neste 26 de abril, 35 anos de emancipação político-administrativa. Porém, entre o surgimento da ideia de deixar de ser um distrito de Criciúma e se tornar uma cidade, muito se passou. A luta esbarrou em alguns personagens até que foi conquistada a sua independência.

Ainda era o início dos anos 1970 quando surgiu o primeiro abaixo-assinado para a criação do município. Porém, sem uma articulação, o processo não prosperou e acabou sendo arquivado por decurso de prazo na Assembleia Legislativa de Santa Catarina. Passados alguns anos e o início de uma nova década, a vontade de deixar de ser distrito foi reavivada aos moradores daquela época. Foi então que foi criada uma comissão emancipacionista. A presidência desta vez ficou a cargo do jovem Vanderlei Ricken, que morava em Florianópolis. “Um dos idealizadores do movimento entendeu que o comando do movimento tinha que estar com alguém que estivesse morando na Capital, porque era lá que as coisas aconteciam”, lembrou Vanderlei.

Segunda

Essa era a segunda vez que os moradores de Forquilhinha buscavam a independência político-administrativa. Nesta oportunidade, os trâmites chegaram até quase a realização do plebiscito, porém o processo foi judicializado pelo então prefeito Altair Guidi. Foi então que o Tribunal de Justiça acabou suspendendo o plebiscito 25 dias antes da sua realização.

Com o passar dos anos, o município se desenvolveu e evoluiu – Foto: Fabrício Amboni/Divulgação

Retomada evidenciava a vontade da maioria

Passado mais alguns anos, o desejo de ser município ainda estava latente naqueles idealizadores e era questão de esperar o prazo legal para retomar o processo na Assembleia Legislativa. “Retomamos o processo, mas aí em bases legais mais profissionais, pois já sabíamos o que poderiam tentar fazer com a gente. Contratamos um parecerista de São Paulo e cercamos aquele argumento que era se incluía ou não o ICMS do carvão. Retomamos o movimento na década de 1980 e chegamos muito perto”, disse Vanderlei.

O plebiscito foi realizado em 18 de outubro de 1987, a Assembleia Legislativa criou a lei, porém nem tudo estava ganho. O governador da época, Pedro Ivo Campos vetou todos os projetos de criação de municípios que tramitavam na Assembleia. Mais uma vez a frustração. “Ficamos de novo numa situação de frustração. Fizemos o plebiscito, a Assembleia criou a lei, o governador vetou. Houve uma articulação política que manteve o veto”, contou.

1988

Um artigo da Constituição de 1988 que delegava aos estados a competência de criação ou não de municípios, foi o que ajudou na nova chance de criação do município de Forquilhinha. Outro plebiscito, no dia 04 de setembro de 1988 foi realizado e o “sim” para a emancipação teve a maioria. “Foi assim que o município foi criado. Foi uma articulação muito bem feita”, afirmou Vanderlei.

Em 26 de abril de 1989 era criado o município de Forquilhinha.

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