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quinta-feira, maio 2, 2024

Tradições de Páscoa passam por gerações

São vários os costumes familiares adotados durante a Semana Santa, como jejum, orações e a colheita de macela

Alexandra Cavaler

São vários os costumes familiares adotados durante a Semana Santa, como jejum, orações e a colheita de macela

Manter as tradições de Páscoa é algo que passa de geração para geração. Assim aconteceu com Fátima Gislon Moreira, natural de Treze de Maio, mas moradora de Içara há muitos anos, onde se aposentou como funcionária pública. Ela conta que desde criança, junto dos avós, pais e irmãos, tinha o hábito de colher macela e pintar as cascas de ovos de galinha para enchê-las com amendoim doce.

“Esperávamos ansiosos os dias para nos reunirmos e prepararmos as guloseimas de Páscoa. Hoje tudo está a mão, mas ainda tento manter viva algumas tradições junto com os meus netos. Como, por exemplo, as comidas: canjica, amendoim torrado doce ou salgado, tapioca, ambrosia e a famosa paçoca de amendoim, mas depois de entender o verdadeiro significado destes dias Santos, também passei a cultivar o hábito do jejum. Desde ontem, dia 27, alimentação e trabalhos mais leves; hoje, a mesma coisa, pela manhã; à tarde quinta é reservada à oração e nada de trabalho doméstico até sábado à noite. E na sexta-feira da Paixão, o cardápio é peixe e o dia é também é guardado para muita oração, fé e jejum”, contou, lembrando que nas sextas-feiras Santas também acordava cedinho para colher a macela galega “para fazemos chá o ano todo. Já sabíamos onde colher e tínhamos a autorização do dono do campo. Era só ir colher”.

Para a vovó Fá, como é chamada pelos netos Fernando, Analu e Letícia, essa semana é de meditação, de oração e de jejum. “É uma semana também de reflexão em memória da morte e ressurreição de Jesus, como forma de respeito ao sacrifício de Cristo”, completou.

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