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sábado, abril 27, 2024

Dengue: Santa Catarina decreta hoje estado de emergência

O estado já contabilizou 17.696 casos prováveis em 177 municípios, representando um aumento de 650% em relação ao mesmo período do ano passado

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Edson Padoin

Santa Catarina enfrenta uma crise epidemiológica, levando o governo estadual a declarar estado de emergência devido à infestação do mosquito Aedes aegypti e ao aumento exponencial dos casos suspeitos de Dengue e Chikungunya. A governadora do Estado em exercício, Marilisa Boehm, juntamente com a secretária de Estado da Saúde, Carmen Zanotto, e o superintendente de Vigilância em Saúde, Dr. Fábio Gaudenzi, irão assinar hoje, às 10h, o Decreto Emergencial Epidemiológico, em uma tentativa de conter a propagação dessas doenças e evitar uma crise ainda maior no sistema de saúde.

A situação é alarmante, com um número cada vez maior de municípios catarinenses sendo invadido pelo mosquito transmissor, o Aedes aegypti. O crescente número de casos notificados de Dengue em comparação com o mesmo período do ano anterior, os registros de óbitos relacionados à doença e o potencial esgotamento dos recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) são as principais razões por trás dessa medida do governo.

De acordo com dados atualizados nesta semana sobre a situação epidemiológica da Dengue em Santa Catarina, a curva de casos prováveis da doença continua a subir vertiginosamente. O Estado já contabilizou 17.696 casos prováveis em 177 municípios, representando um aumento de 650% em relação ao mesmo período do ano passado. Oito mortes já foram confirmadas (Joinville (05), Araquari (01) e Itajaí (01) e Itapiranga (01)), sendo que outras duas mortes ainda seguem em investigação nos municípios de Araquari e Navegantes.

O Aedes aegypti, vetor das doenças, encontrou condições ideais para prosperar em Santa Catarina. Um total de 12.885 focos foram identificados em 215 municípios, com 155 deles sendo considerados infestados pelo mosquito.

A secretária Carmen Zanotto enfatiza a importância de todas as ações necessárias para a organização da rede de serviços de atenção à saúde. “As ações devem facilitar o acesso e o tratamento adequado dos pacientes, a fim de evitar complicações e mortes associadas a essa doença, neste momento de transmissão acelerada de dengue, que pode ser saturar a rede de assistência rapidamente”, finaliza Carmen.

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