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segunda-feira, maio 20, 2024

SC antecipa compra de insumos para enfrentamento da dengue

Medida de combate à dengue chega junto ao decreto de emergência de saúde pública; Estado registrou oito mortes pela doença neste ano

Diante do risco epidemiológico causado pela dengue e do aumento dos casos prováveis da doença, o governo de Santa Catarina decidiu antecipar a compra de soro e de insumos. A decisão foi informada nesta terça-feira (20), pela secretária de Estado da Saúde, Carmen Zanotto, logo após o anúncio de que seria decretada situação de emergência de saúde pública no Estado.

Em entrevista, a secretária disse que vai antecipar a compra de soro de hidratação e insumos estratégicos para o combate à dengue. “O decreto mostra a gravidade da situação que teremos pela frente”, afirmou.

O instrumento será assinado na quinta-feira (22), em Joinville, com os prefeitos da região e assinado pela governadora em exercício, Marilisa Boehm.

Carmen também reforçou a importância do papel da população e do poder público no enfrentamento do problema, frisando que 75% do combate à dengue se dá de forma individualizada, ou seja, nas casas e locais de trabalho dos cidadãos.

Números da dengue em alta

Dados atualizados da Dive (Diretoria de Vigilância Epidemiológica) mostram que os números de casos continuam em alta em Santa Catarina.

Ao todo, já foram registrados 17.696 casos prováveis de dengue em 177 municípios neste ano, sendo 13.539 descartados e 4.485 confirmações. Além disso, mais de 200 pessoas foram internadas nos hospitais da rede pública por causa da dengue este ano.

O mais recente boletim da dengue também mostra que foram identificados 12.885 focos do Aedes aegypti em 215 municípios, sendo que 155 são considerados infestados pelo mosquito.

Além disso, oito pessoas morreram por conta da doença: Joinville (5), Araquari (1), Itajaí (1) e Itapiranga (1) e outras duas mortes são investigadas em Araquari e Navegantes.

Os dados, que serão atualizados toda semana a partir de agora, vão de 31 de dezembro de 2023 a 19 de fevereiro de 2024 e mostram um aumento de 650% em relação ao mesmo período há um ano.

Fatores para o decreto

Diversos fatores levaram o governo ao decreto de emergência. São eles:

  • O elevado número de municípios infestados pelo mosquito transmissor da doença;
  • O elevado número de casos prováveis de dengue notificados no comparativo com o mesmo período de 2023;
  • O registro de mortes em decorrência da dengue e a ocorrência de eventos que apresentam potencial risco de extrapolação da capacidade de resposta, bem como de saturação do SUS (Sistema Único de Saúde) sob a direção municipal e estadual;

Segundo a secretária Carmen Zanotto, o decreto vai servir, por exemplo, para ampliar a oferta de serviços caso seja necessário. “O decreto de emergência é instituído para apresentarmos ao Ministério da Saúde, a demanda dos serviços de saúde do Estado, e de cada município com decreto instituído, em função do aumento do número de casos e do número de mortes. Poderemos, inclusive, comprar leitos em serviços privados, se necessário”, disse.

*Via ND+

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