Um trabalhador de 35 anos, casado, pai de dois filhos, natural do Maranhão, que trabalhava há mais de um ano em uma empresa da indústria plástica de São Ludgero, é o terceiro profissional do setor químico a morrer, vítima de acidente de trabalho, na região sul catarinense, em um período de 55 dias.
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O acidente ocorreu por volta das 15h desta última quarta-feira, 21, o homem foi atingido por um silo, com mais de três metros de altura, que caiu da estrutura que o sustentava. O equipamento era utilizado para processar material plástico reciclável, empregado na produção de telhas para construção civil.
“Ficamos sabendo do acidente nesta manhã de quinta-feira, 22, e ao chegarmos à empresa, por volta de 12h30min, o local do ocorrido já tinha sido periciado pela polícia civil no dia anterior e o equipamento metálico já havia sido removido”, explica o presidente do Sindicato dos Químicos, Carlos de Cordes, o Dé.
A direção da empresa, logo após o acidente, interrompeu a produção em toda a planta e dispensou os cerca de 80 empregados até as 13h desta quinta-feira, 22. Por volta de 12h30min, O presidente do Sindicato dos Químicos acompanhado de diretores do sindicato e assessoria jurídica se reuniu com o proprietário da empresa, assessorado por advogados, executivo e representante do sindicato patronal.
Em princípio a intenção da direção da empresa era retomar a produção ainda nesta quinta-feira, 22, mas por proposição de Carlos de Cordes, todos os trabalhadores foram dispensados até segunda-feira, 26, quando a produção será retomada. “Os empregados, na maioria, estão chocados com o acidente, felizmente, nossa proposta foi acatada”, disse o presidente do Sindicato.
Antes do deslocamento para São Ludgero, Carlos de Cordes fez contato com a gerente regional do Ministério do Trabalho e Previdência (MTP) Cássia Gava, comunicando o ocorrido e requerendo investigação no local do acidente, com urgência. “É o terceiro trabalhador, da nossa categoria, morto em um curto espaço de tempo, estamos muito preocupados”, enfatizou.
Antes que os empregados fossem liberados, a direção da empresa preparou uma homenagem ao trabalhador morto, cujo corpo já foi removido para o Maranhão. Em seguida, o presidente Carlos de Cordes, se reuniu com os trabalhadores, demonstrou a preocupação da diretoria e manifestou a solidariedade da diretoria à família da vítima e á categoria.