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terça-feira, março 19, 2024

Forquilhinha: moradores atingidos pelas cheias já calculam os prejuízos

Gustavo Milioli
Forquilhinha

Uma semana depois da passagem do ciclone extratropical pelo Sul Catarinense, todas as centenas de famílias desabrigadas já puderam retornar para casa. As comunidades localizadas às margens do rio Sangão, em Criciúma e Forquilhinha, ainda tentam recuperar a rotina normal. Os moradores afetados calculam os prejuízos para recomeçarem a vida.

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No bairro Cidade Alta, em Forquilhinha, foi a segunda grande enchente em três meses. O motoboy Flávio Simões Pires Júnior conseguiu salvar a máquina de lavar e a geladeira. “Hoje, eu preciso do balcão de pia, um fogão e uma cama”, afirma. Roupas e cobertores não são um problema. “Comida, eu tenho pouco”, externa.

Flávio tem recebido a ajuda de amigos da comunidade, mas reconhece que precisa de
mais. Como mora de aluguel, teme não conseguir honrar com os próprios compromissos. Ele deixou o contato disponível para quem tiver condições de ampará-lo neste momento: 98866-7157.

“Eu só consegui retornar dois dias depois. Em maio também tinha entrado água, mas foi pouca. Agora, foi quase um metro. Não estava em casa na hora, então não pude fazer nada”, lamenta.

Trauma
Os dias de chuva viraram traumáticos aos moradores do Cidade Alta. “Quando começa a chover muito, já vamos para a ponte ver como está o níveldo rio. Se é de madrugada, não dormimos mais. Só nos resta rezar para parar de chover”, comenta o guarda noturno João Perciliano Machado, vizinho de Flávio.

Morador da localidade há 30 anos, essa foi a enchente mais violenta que já presenciou.
“Estou pensando seriamente em me mudar para a praia. Tenho casa no Balneário Arroio do
Silva. Não é muito grande, mas acho que vai ser melhor do que conviver com esse risco aqui”, explana.

Força para seguir em frente
O aposentado Jucemar de Souza estima um prejuízo de, ao menos, R$ 25 mil depois de a água invadiu a casa em que mora com a esposa. Os móveis da cozinha, recém comprados, foram todos perdidos. “Nem terminei de pagar ainda”, conta. Ele morou a vida toda no bairro, mas foi a primeira vez que viu algo parecido.

Leia a matéria completa na edição desta quinta-feira, 18 do jornal impresso Tribuna de Notícias.

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