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Criciúma
sexta-feira, abril 26, 2024

Padre Carlos Weck celebra 60 anos de ordenação presbiterial

Em comemoração, será realizada uma missa manhã, às 19h30, na Paróquia São Roque, de Morro da Fumaça

Padre Carlos Weck, vigário da Paróquia São Roque de Morro da Fumaça completa os 60 anos de sacerdócio nesta sexta-feira, dia 14. Para celebrar a data será realizada uma missa de ação de graça, às 19h30min, em homenagem à sua dedicação na missão de evangelizar. Nativo da localidade de Ribeirão Pequeno, na cidade de Laguna, Padre Carlos deixa marcas nas comunidades por onde passa. As informações contam com a colaboração da Pastoral da Comunicação da Paróquia Santa Catarina de Alexandria, com vídeo feito por Vilson Schambeck.

Aos 14 anos de idade, o adolescente Carlos Weck resolveu ingressar no seminário. E no dia 25 de março de 1947 deu seus primeiros passos religiosos no seminário do município de São Ludgero, de onde seguiu para Azambuja, em Brusque, para continuar o ginásio (hoje ensino fundamental) e outros cursos. Na sequência viajou para Viamão, no Rio Grande do Sul, onde cursou dois anos de Filosofia e quatros de Teologia, sendo ordenado na Igreja Santo Antonio, em Laguna, no dia 14 de julho de 1963.

“Após a ordenação voltei a Viamão para concluir o quarto ano de Teologia que encerrei em dezembro. Então, peguei e trouxa e vim embora para Santa Catarina para cumprir a missão. Eu e meus colegas de ordenação, enquanto aguardamos o fim do ano, atendíamos aos finais de semana nas paróquias de Porto Alegre, Canoas, Esteio e arredores”, contou revelando que nestes 60 anos passou por inúmeras paróquias, várias cidades, entre elas, Criciúma onde começou.

“Iniciei em Criciúma porque em Viamão eu era assistente espiritual dos trabalhadores, principalmente de motoristas. Então o bispo de Tubarão, Dom Anselmo Pietrula, entendeu que eu tinha certo manejo com os operários e me enviou para a Vila Operária, atual bairro Santa Bárbara. Depois fui para Cocal do Sul e voltei para a então Paróquia São José, hoje Catedral, quando o bispo passou e disse que falou com o prefeito à época Argemiro Manique Barreto, que lhe disse estar preocupado com a região da Cidade Mineira que estava crescendo muito e também com a assistência religiosa. Diante do que ouvi, eu disse: cria uma paróquia lá que eu vou. E foi o que fizeram. A estrutura era pequena, mas começamos o trabalho”, ressaltou padre Carlos.

Conhecido também pelo programa de rádio

O sacerdote conta que Urussanga foi a cidade em que ele ficou por mais tempo, foram 10 anos. Foi também quando ele iniciou no programa na Rádio Marconi, no lugar do padre Agenor que estava com problema respiratório (asma). “Eu fui ajudar, fiquei por dois meses, depois me designaram para outras cidades e voltei para Urussanga onde fiquei mais tempo. Foram 10 anos como vigário, auxiliando o padre Giovani”, comentou. Ali a sementinha do rádio já havia sido plantada e entre as emissoras ele passou, além da Marconi, pela Difusora de Içara e Eldorado.

Em Morro da Fumaça chegou para ficar

“Quando cheguei a Morro da Fumaça, o bispo Dom Jacinto e o Padre Vander queriam que eu fosse para o Santuário Sagrado Misericordioso de Jesus em Içara, mas como eu já tinha trabalhado com o padre Itamar Mazzuco, nosso pároco, e ele é um bom colega, resolvi ficar por aqui. Até mesmo pela minha idade, em novembro completo 90 anos”, contou, deixando uma mensagem aos jovens: “A diocese de Criciúma está numa caminhada de muitas vocações e quando perguntam ao bispo sobre isso, ele responde que é a oração. E essa é a nossa caminhada. É preciso entender o chamado. Eu tinha esse desejo, mas não entendia muito, mas ele veio porque Deus chama, ele não grita, Ele dá sinais. E a missa dos 60 anos será mais uma celebração de agradecimento a Deus por ter me chamado, eu ter aceitado e estar vivendo esse momento de fé”, conclui.

Felipe Pereira Nunes, Coordenador Paroquial de Liturgia (São Roque), descreve a convivência com Padre Carlos como contagiante. “O que a gente percebe nele é a alegria e a realização com a escolha que fez. É um sacerdote feliz por ter assumido a missão para a qual Deus o chamou e isso ele propaga o amor de Deus, está sempre disposto a servir ao próximo e não se cansa de falar da misericórdia de Deus, ou seja, é muito gratificante poder ter contato com um padre que assume a missão com convicção, consegue passar isso para quem o rodeia e ainda é bem humorado e contagiante na sua alegria”.

Texto e reportagem: Alexandra Cavaler, Tribuna de Notícias

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