Criciúma
Arthur Bernhardt e Lívia Colossi/Especial*
O número de pessoas idosas acima de 65 anos cresceu 57,4% no Brasil, comparado com o censo de 2010, de acordo com o último recenseamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas). O sul e o sudeste do país são as regiões com maior índice de idosos. Isso acontece por conta da redução na taxa de natalidade e da alta na expectativa de vida do brasileiro.
Dados do IBGE também mostram que a vida de um cidadão brasileiro dura em média 72,7 anos. O cálculo é feito para avaliar a qualidade de vida e as condições de quem mora no país. Embora seja um dado geral, o país é grande e camufla as particularidades de cada estado. E quando se trata de qualidade de vida, a pesquisa é um indicador das condições básicas de sobrevivência, como saúde, alimentação, educação, segurança e saneamento básico, além da própria perspectiva do entrevistado.
Para a geriatra Andréa Spillere, o perfil da pessoa mais velha mudou muito nos últimos anos, porque o envelhecer no Brasil mudou muito também, já que a população é cada vez mais velha e as pessoas estão mais preocupadas e exigentes com a própria saúde. “Antigamente tinha um preconceito de que geriatra era ‘médico de velho’. Hoje em dia isso vem mudando, e muitos adultos já procuram o geriatra pensando em prevenção e visando ao envelhecimento com qualidade de vida”, reflete Andréa.
PREOCUPAÇÃO
Ela relata que uma das principais causas de procura do médico geriatra em consultório é a preocupação por medo de ter alguma demência, como o mal de Alzheimer, por exemplo. Durante a consulta, seus pacientes ficam à vontade e acabam por tratar da saúde em geral. As preocupações também são no campo da saúde mental. Os pacientes de Andréa em sua maioria têm mais de 75 anos de idade e a procuram por sintomas psiquiátricos, como depressão, ansiedade e esquecimento.
Andréa ressalta a importância da rede de apoio ao idoso durante o processo de senilidade. Idosos que perderam muitas pessoas próximas têm chances aumentadas de ter depressão. “O mais importante na hora de atender um idoso é saber escutar, entender os valores individuais de cada pessoa e junto com o idoso traçar as metas e objetivos para o tratamento individualizado”, pontua a geriatra sobre a forma de lidar com seus pacientes mais velhos.
CONSCIÊNCIA
De acordo com a médica, a população de modo geral passou a ter consciência do envelhecimento saudável e entender que o estilo de vida nessa fase não precisa ser limitado. A busca por atividade física aumentou, embora muitos ainda não façam. Alcançaram maior independência com o avanço das novas tecnologias, ficando atentos ao uso de celulares e redes sociais. Também buscam orientações sobre questões de saúde sexual.
“O geriatra é o médico que trata o indivíduo como um todo, incluindo a saúde sexual. Junto com o paciente ajustamos expectativas e se for da vontade do paciente manter uma vida sexual ativa conversamos sobre os problemas relacionados – na maioria dos casos em mulheres a questão da lubrificação vaginal e dos homens a dificuldade de ereção, e sempre que possível ajustamos tratamentos. Importante lembrar também do risco de doenças sexualmente transmissíveis e sempre orientar as formas de prevenção”, explica a geriatra, que também afirma que a busca maior é por qualidade de vida e não por quantidade de vida, conforme as necessidades e os valores do paciente.
“Eu acho a velhice a melhor coisa do mundo”

Santina Miguel Tavares tem 80 anos, é aposentada, mas vive de forma agitada e muito preocupada com a saúde. “Minha rotina é cuidar do meu velhinho de 90 anos e fazer todo o serviço de casa. É mercado, farmácia, limpeza, roupa. Também faço parte do Instituto Bercinho do Amor, onde eu ajudo nas demandas e ainda faço caminhada. É o dia inteiro. Faço 45 minutos de caminhada aqui na quadra perto de casa todos os dias. O médico que me recomendou fazer exercício, e não precisaria de academia, que a caminhada já iria me ajudar. E eu peguei gosto, é uma beleza. Fico mais disposta pra fazer as coisas durante o dia. Eu me deito 20h e me levanto às 7h da manhã. Ainda tiro tempo para ajudar no Bercinho. Vou à missa todo domingo às 10h rezar. E enquanto faço isso vejo gente, paro pra conversar. Isso é muito bom”, relata Santina.
ATIVIDADES
Ela é natural de Imbituba e veio de uma família de pescadores. Quando nova, conta que não tinha tempo para aproveitar a juventude totalmente, pois precisava trabalhar. Santina fazia rede, remendava tarrafa e sabia pescar de rede. E, segundo ela, pescava muito bem.
Sempre muito ativa, a imbitubense saiu de casa para trabalhar aos 16 anos como babá fichada. Passou por Curitiba, foi para Urussanga e veio para Criciúma, onde mora até hoje. Também é passadeira, trabalho que começou como uma renda extra, mas que se tornou principal com o passar do tempo. E ela ainda trabalha com isso até hoje.
“Eu ainda passo roupa para fora, três vezes na semana. É uma grana extra que entra, não me custa nada. Faço questão de trabalhar. Para me manter na ativa. Acho que por não ter parado é que eu tenho a mente boa que eu tenho hoje”, considera Santina.
Atitudes para a longevidade
Ao morar em Criciúma, conheceu seu esposo. Ele era taxista e sempre que precisava sair sua patroa chamava o táxi para que não fosse sozinha. Sempre indo com ele, os dois se conheceram, se aproximaram e logo se casaram. Ela brinca: “Estamos juntos há 45 anos. Logo que eu conheci ele, três meses depois tava casando. Quando vi, já estávamos morando juntos”.
Depois de casada, Santina foi morar com o esposo e sua sogra, com quem tinha uma ótima relação. A então babá tinha que dar conta de seus serviços profissionais, cuidar da sogra, do esposo que trabalhava fora e do filho para criar. Ela explica que era como um malabarismo, já que não havia as facilidades que existem hoje em dia. Por trabalhar tanto e pelo costume de estar sempre em atividade, a senhora sempre cuidou muito da saúde, tanto física quanto mental.
“Me preocupo muito com a minha saúde, com a alimentação. Tanto eu quanto o meu esposo que é diabético, então já tem que ter outro olhar pra ele. Então já entramos todos na dieta. Além disso, eu me exercito todos os dias, ando por tudo, saio. Tenho muitas amizades também. Não posso sair na rua que já encontro conhecido e saio cumprimentando, igual vereador. E tenho também minhas amizades de anos, tem uma amiga minha que faz mais de 50 anos de amizade. E ter uma amiga fiel e parar para conversar na rua me ajuda muito a manter a mente sã. A gente sente que tem com quem contar. Se caiu na rua, tem quem junte”, comenta a ex-babá.
TECNOLÓGICA
Ela também é antenada com as tecnologias. Curiosa, aprendeu a usar o celular com o auxílio de um neto e um vizinho, a quem recorre quando tem dúvidas. Ela manda mensagem, faz ligações e se entretém.
Santina se considera uma pessoa realizada e de bem com a vida por ter saúde, seu próprio canto, pelo filho estar bem encaminhado, por ter conhecido os lugares que tinha vontade. Seu desejo hoje é ter sempre saúde e paz para ela e a família.
A octogenária indaga que não imaginava chegar à velhice. Ela afirma que talvez isso se deve pelo fato de ter visto muita gente morrer e por reflexo da mortalidade de antigamente, mas que hoje isso mudou. Exemplifica que antes quem tinha 60 anos já era muito ancião, e atualmente quem tem essa idade é muito novo. Hoje, acredita que se continuar com saúde e disposição chega até os 100 anos de vida.
AUTOCUIDADO
Vaidosa, ela também vê o autocuidado como um fator da qualidade de vida. Sobre gostar de se cuidar e do que vê no espelho. Tem costume de usar cremes para cabelo e corpo e não sai de casa sem maquiagem ou pelo menos um batom. E não se incomoda com o envelhecer, pelo contrário, ela diz amar essa fase.
“Eu sou pessoa que não sinto nada, não tenho problema de saúde, minha mente é boa, durmo bem, saio, vou na rua, vejo gente. Antigamente as pessoas não gostavam de envelhecer, mas eu acho a velhice a melhor coisa do mundo. Porque a gente fica mandona, autoritária, faz o que quer, vai aonde quer. O marido diz assim e a gente diz que é assado. E se tiver saúde, porque senão não adianta, já pode se despedir”, brinca Santina.
A nova rotina de quem vive em casa de repouso

Com o aumento da expectativa de vida da população, os cuidados com os idosos têm se tornado cada vez mais importantes. Em casas de atendimento, como asilos, profissionais se esforçam para garantir o bem-estar e a adaptação dos idosos. A fisioterapeuta Valéria Gaspodini Mariano, da Casa de Atendimento ao Idoso em Forquilhinha, há mais de seis anos desempenha um papel fundamental no cuidado dos idosos, tanto para aqueles que já apresentam problemas físicos quanto para aqueles que precisam manter-se ativos e saudáveis. Através de exercícios e estímulos adequados, a fisioterapia ajuda a melhorar a mobilidade, a independência nas atividades diárias e, consequentemente, a qualidade de vida dos idosos.
MUDANÇA
“O perfil da pessoa idosa tem passado por transformações nos últimos anos. Os idosos estão mais exigentes em relação à qualidade de vida e buscam manter seus laços familiares próximos mesmo estando institucionalizados. A medicina e a tecnologia avançadas também têm contribuído para que os cuidados com os idosos sejam mais eficientes e humanizados”, explica Valéria, que ainda conta que um dos principais desafios enfrentados no início da estadia dos idosos na casa de atendimento é a adaptação à nova rotina e convivência com outros idosos.
“A parte inicial da adaptação aqui na casa de atendimento é muito desafiadora para todos. Eles precisam entender que estão em um novo ambiente, com rotinas diferentes. É um momento em que oferecemos uma atenção especial, tanto psicológica quanto emocional, para que eles se sintam acolhidos e confiantes no cuidado que receberão”, afirma a fisioterapeuta.
AMBIENTE SEGURO
Isolina Soratto Angulski, de 98 anos, é uma das residentes da Casa de Atendimento ao Idoso. Durante sua vida foi freira voluntariamente por 20 anos e se formou, além de ter trabalhado em diversas instituições como professora e até coordenadora. Como foi o caso do colégio Sebastião Toledo dos Santos, o Colegião. Ela foi uma das responsáveis pela fundação da escola. Isolina mora há dois anos na casa de atendimento.
“Eu morava sozinha em um apartamento no centro de Criciúma por muitos anos. Mas depois de enfrentar algumas complicações de saúde e problemas com cuidadoras, meu sobrinho que sempre me cuidou decidiu comigo que era hora de buscar um ambiente mais seguro e acolhedor. Foi então que vim para a Casa de Atendimento ao Idoso”.
Visita frequente da família
Mesmo com os desafios, ela encontra conforto na casa, onde recebe visitas frequentes de suas sobrinhas, de ex-alunos e da faxineira que a ajudou a cuidar de sua mãe até o fim da vida. “Elas sempre me amparam com meus remédios e cuidam das minhas roupas, mandam lavar e me dão todo suporte que preciso. Eu ainda tô me acostumando aqui, mas não imaginava que ia chegar aos 98 anos. Agradeço a Deus sempre por chegar até aqui com a mente sã, com alguns problemas de saúde, mas ainda assim bem”, reflete Isolina.
Ex-freira e professora aposentada, ela também destaca a importância das freiras que moram na casa, que se tornaram grandes amigas. “Elas são muito especiais para mim. Sempre me apoiam e me proporcionam companhia e conforto neste período da minha vida”, ressalta, contando que reza todos os dias para uma “boa partida” quando chegar a hora.
Para promover a interação e o bem-estar dos idosos, são realizadas atividades em grupo, como fisioterapia coletiva com o uso de bolas, bambolês e jogos didáticos. Além disso, a Casa de Atendimento promove confraternizações temáticas ao longo do ano, como a festa junina e a confraternização de Natal, envolvendo tanto os idosos quanto seus familiares.
Centro de convivência dá uma nova perspectiva

O Centro de Convivência da Terceira Idade de Criciúma Zulma Naspolini Manique Barreto tem como objetivo oferecer diversas atividades e vivências para os idosos do município, promovendo seu bem-estar e a socialização. Com uma equipe de 40 pessoas, incluindo assistentes sociais e psicólogos, a inauguração do novo centro foi em janeiro de 2022, e atende cerca de 1.300 idosos por semana. Além dos que já são atendidos diretamente no Centro, outros 5 mil participam de atividades nos clubes de mães. Para se matricularem, os interessados devem ter mais de 60 anos e residir em Criciúma.
Daniel Cipriano, administrador do Centro e formado em Pedagogia, conta que foi convidado para administrar o serviço do idoso, chamado Projeto Vida, quando houve mudança na administração municipal em 2017. Antes da construção do novo espaço, o local funcionava de forma itinerante, com professores indo aos bairros para realizar atividades com os idosos. Hoje, cada matriculado tem direito a um dia de participação, podendo escolher entre a manhã, a tarde ou um dia inteiro. Durante o período em que estão presentes, eles podem participar de até quatro oficinas de 50 minutos cada, além de desfrutar do café oferecido pelo local. O Centro oferece uma variedade de oficinas, como dança, artesanato, ginástica, pilates, funcional, jogos de mesa e jogos na quadra.
Durante a pandemia, o Centro teve que se adaptar e suspender suas atividades presenciais. No entanto, a equipe continuou oferecendo suporte remoto para quase 2 mil idosos, fornecendo aulas online, visitas domiciliares para auxiliar com compras e medicamentos e enviando trabalhos para serem realizados em casa. Com a reabertura do espaço em 2022, todas as medidas de segurança foram implementadas, como o uso de máscaras, álcool em gel e o distanciamento social.
Cipriano compartilhou histórias de alguns dos frequentadores do lugar. Uma delas é o caso do seu Lourival, que descobriu que tinha apenas 25% do pulmão devido ao tabagismo e entrou em depressão. “Um dia, ele foi até o morro ver a vista quando o centro era na Vila Olímpica e se deparou com a movimentação do Centro e começou a jogar canastra com os outros idosos. Desde então ele nunca mais saiu daqui. Com o tempo, sua saúde começou a melhorar. Hoje ele anda com cilindro de oxigênio apenas para momentos de emergência, mas não precisa mais usá-lo o tempo todo. Agora ele tem 15% do pulmão, mas está muito melhor”, contou o coordenador.
Outra história é a do seu Venio, que inicialmente acreditava que não estaria vivo para desfrutar do novo Centro de Convivência, que ainda seria construído. Ele sempre acreditou no projeto, mas achava que demoraria a ficar pronto. No entanto, quando o ambiente foi inaugurado, ele se surpreendeu com a rapidez e eficiência da construção. “Ele me disse: ‘Eu acreditava que aqui iria ter isso um dia, mas não acreditava que eu estaria aqui pra viver isso, porque eu achei que ia demorar muito tempo pra ser feito’. Foi uma grande alegria ver a satisfação dele”, finaliza Cipriano.
Antes da construção do novo espaço, muitas pessoas tinham uma visão equivocada sobre o Centro de Convivência, pensando que era um espaço apenas de jogos e alguma noção de artesanato. No entanto, ao longo do tempo, a equipe do Centro trabalhou para desmistificar essa ideia, mostrando que o espaço é destinado a pessoas que desejam se manter ativas e participar de atividades diversas.
Arialba Silva é uma frequentadora do Centro há quase três anos. Ela se mudou de Porto Alegre para Criciúma há alguns anos com a filha. Arialba já frequentava o centro de convivência do bairro em que vivia na capital gaúcha. Quando chegou em Criciúma, conheceu o local por causa de uma amiga. Ela participa de diversas atividades, como funcional, artesanato, dança e exercícios. “Tenho 71 anos e desde que passei a frequentar aqui melhorou a minha disposição, a minha comunicação e a saúde mental, fico ansiosa para chegar o dia de vir pra cá”, finaliza.
Combatendo o etarismo: Idosos ainda lutam por espaço no mercado corporativo

À medida que o mercado de trabalho evolui rapidamente, os profissionais mais velhos enfrentam muitos desafios. Cris Barata, especialista em recursos humanos, destaca a importância da adaptação dos idosos ao novo cenário, especialmente em relação às tecnologias. Embora muitos estejam se esforçando para acompanhar as mudanças, o autoetarismo e a falta de oportunidades de treinamento podem ser algumas barreiras.
“Um dos principais desafios enfrentados pelos profissionais mais velhos é o autoetarismo, no qual eles internalizam preconceitos sobre sua capacidade de aprender e se adaptar. Esse pensamento às vezes pode levar à falta de busca por novas oportunidades de aprendizado, resultando em um afastamento do mercado de trabalho”, explicou Cris Barata.
No entanto, ela ressalta que a discriminação etária ainda é um problema persistente, porque muitas empresas tendem a preferir candidatos mais jovens, devido à inovação, rapidez e adaptação às mudanças de tecnologia contínua. E esse pensamento desconsidera a vasta experiência, habilidades que só o tempo traz e a capacidade de aprendizado dos profissionais 50+.
Nelson Romancini, vigilante de 63 anos, tem a sua trajetória marcada por diversas experiências, com uma carreira que começou aos 13 anos. Ele passou por diversas áreas, desempenhando diferentes funções. Foi garçom, mecânico, trabalhou em construção civil e repositor de supermercado. Aos 18 anos, tirou sua carteira de habilitação para caminhão e trabalhou nas estradas por 21 anos. Depois, tornou-se motorista particular por dois anos antes de ingressar na SATC como vigilante.
Mesmo após se aposentar, em 2018, ele decidiu continuar trabalhando para ajudar seus dois filhos, que estavam cursando faculdade. Agora que eles se formaram, ele sente um alívio em relação aos compromissos financeiros e decidiu mudar de cargo dentro da SATC, para um que tenha uma carga horária menor, permitindo que ele aproveite melhor o seu tempo livre. “É um tempo a mais que eu posso aproveitar com qualidade. Antes era mais complicado, porque ocorria de cair em datas comemorativas, como Natal e Ano Novo, por exemplo”, detalha Romancini.
“Eu trabalho há 50 anos e muitas vezes sem pegar férias, então estou acostumado a não ficar parado. Enquanto eu puder, eu vou trabalhar!”, relata o vigilante, que além de suas responsabilidades na SATC também cuida de suas demandas em casa. Quando sobra tempo, gosta de sair para passear de carro ou de moto, aproveitando a liberdade que sempre fez parte de sua vida.
Ao longo da trajetória, ele também encontrou tempo para investir na própria educação. Retornou aos estudos na SATC, concluindo o curso no CEJA. “Eu poderia fazer faculdade, mas aí eu já me sentia mais velho e não quis mais. Fiz um curso de italiano e viajei para a Itália. Fui passear, fui atrás de conhecer a cidade onde viviam meus antepassados. Fiquei lá um mês aproveitando”, comenta Romancini.
Além disso, ele enfatizou a importância de cuidar da saúde, apesar do horário de trabalho ser contrário ao horário habitual de dormir. O vigilante tomou como uma regra em sua vida, para dormir sempre o suficiente e descansar bastante após o trabalho. Tudo para manter a saúde e o bem-estar e viver assim, de uma maneira adequada.
*Esta matéria foi produzida pelos acadêmicos de Jornalismo da UniSatc Arthur Bernhardt e Lívia Colossi