Entra ano e sai ano e a situação na Praça Domenico Sonego, no centro da cidade, permanece a mesma. Pessoas fazendo uso deliberadamente de entorpecentes, sem se importar com horário ou se há mais pessoas no local; som com volume alto à noite, bebedeiras e lixo (garrafas e latas) deixado para trás no meio do gramado, dos equipamentos de ginástica ou na quadra esportiva que compõe a praça.
Diante da situação que se arrasta um grupo de pessoas, moradores próximos do local formaram a Associação de Moradores Praça Domênico Sonego e Arredores que agora busca alternativas para a mesma seja cercada e tenha horários específicos para sua abertura e fechamento. A diretoria da associação conta com 23 membros.
Gisele Cecconi, presidente da associação, fala das dificuldades de enfrentarem os graves problemas do local. “Estamos enfrentando um problema grave com a Praça Domênico Sonego. Das 22h até às 4h da madrugada estão sendo encontro de usuários de drogas. Nisso, eles levam bebida, caixa de som, entre outras coisas e, inclusive, um morador teve seu moletom furtado num sábado à tarde. Além disso, temos três moradores autistas que sentem muito a baderna. Diante de tudo isso, estamos fazendo um abaixo-assinado porque, infelizmente, estamos cansados”, avaliou.
Sobre o assunto uma reunião foi realizada com o prefeito em 2022 para que medidas fossem adotadas. Gisele ainda explica que a associação está sendo efetivada nesta sexta-feira quando o CNPJ da associação ficará pronto e, com isso, as solicitações poderão ser oficializadas. “A prefeitura está ciente devido à reunião que fizemos ano passado com o prefeito. Na segunda-feira (12) também nos reunimos com a secretaria de obras. Sexta-feira, nossa associação estará legitimada e os documentos serão encaminhados oficialmente aos órgãos competentes”.
A presidente revela que em conversa com o órgão público, o cercamento da praça foi liberado desde que a associação bancasse os custos. “A prefeitura recebeu bem a proposta desde que a associação se responsabilize pela verba e por abrir e fechar os portões. Nós já conseguimos 50 mil reais junto a um deputado federal e no fim da semana vamos encaminhar ofícios para outros deputados da cidade, tanto estadual quanto federal para conseguirmos mais 100 mil reais. Com esse valor pretendemos fechar o local e revitalizar o parquinho que está em condições precárias”, ressaltou Gisele. O levantamento dos gastos será feito nesta quarta e quinta-feira.
Resposta do governo municipal
O secretário de Infraestrutura, Planejamento e Mobilidade Urbana de Criciúma, Tita Beloli, confirmou a conversa junto aos membros da associação e disse estar ciente da necessidade, inclusive falou do encontro do grupo com o prefeito no ano passado, mas nega a informação de que foi dito para os moradores bancarem o cercamento.
“Eles estiveram conversando com a equipe da secretaria solicitando o cercamento e nós pedimos para eles formalizarem a solicitação para que a mesma seja analisada pelo governo, mas por enquanto não há planejamento neste sentido”, assinalou Beloli.
Texto e reportagem: Alexandra Cavaler, Tribuna de Notícias