Érik Borges
Criciúma/Araranguá
Na última semana, os policiais do Pelotão de Patrulhamento Tático (PPT) da 6ª Região da PM, que abrange os municípios do Extremo Sul e Região Carbonífera, passaram por um aperfeiçoamento de controle a quebra da ordem em distúrbios civis. A instrução foi ministrada pelo Batalhão de Choque e teve o objetivo de atualizar e nivelar os policiais para ocorrências dessa natureza.
“Durante a paz, treinamos para a guerra”, diz major
De acordo com o major Mario Luiz Silva, a PM tem como um dos pilares, o constante treinamento dos policiais em situação de tranquilidade para usar nos momentos de crise. “Costumamos dizer que, durante a paz, a gente treina para a guerra. Nesse sentido, nós aproveitamos a oportunidade para nos prepararmos para todo tipo de ocorrência, em especial as gravosas que requerem uma capacitação maior”, diz Silva.
Ele conta que a importância desse tipo de aperfeiçoamento se dá pelo fato de ser uma ocorrência complexa, por conter manifestantes que muitas vezes estão reivindicando direitos garantidos pela Constituição Federal. “E a Polícia Militar se faz presente para garantir o livre exercício do direito de reunião, manifestação, assim como todos os outros direitos assegurados em lei”, acrescenta Silva.
Mas também, segundo ele, em algumas situações é preciso restabelecer eventual quebra da ordem realizada por quem não tem somente a intenção de manifestar. Como é o caso de pessoas que praticam delitos contra o patrimônio ou contra a integridade física de alguém. “Esse tipo de ocorrência requer intervenção técnica e tática de policiais com alta capacitação teórica e prática. A gente atua em várias frentes, porque a nossa doutrina de controle de distúrbios civis preconiza diretrizes de prioridade e emprego de meios”, explica Silva.
Ele revela que a atuação policial vai ser realizada de acordo com o tipo de quebra da ordem, utilizando a força progressivamente. Ainda de acordo com o major, a energia ou técnica empregada se dá de acordo com a resistência oferecida por quem está do lado oposto.
“Mas é importante frisar que quando se fala em controle de distúrbios civis, nós asseguramos a todos os direitos de livre manifestação e expressão. Nosso controle de distúrbio civil acontece para controlar a quebra da ordem durante uma manifestação. Por isso é fundamental que nós estejamos bem capacitados para bem intervir em ocorrências desse gênero”, pontua Silva.
