O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), por meio da 3ª Promotoria de Justiça da Comarca de Araranguá, ofereceu denúncia à Justiça contra indivíduos acusados de participação em um crime ocorrido no dia 8 de março de 2025, no Farol do Morro dos Conventos, em Araranguá. A denúncia já foi recebida pela Justiça, e narrou os crimes de latrocínio, corrupção de menores, fraude processual majorada e receptação.
De acordo com a denúncia assinada pelo Promotor de Justiça Flávio Fonseca Hoff, o latrocínio teria sido praticado em 8 de março, com extrema crueldade, premeditação e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima. A investigação revelou que a vítima, um jovem de apenas 22 anos, teria sido atraída ao local por meio de dissimulação, a qual se encontrou com uma denunciada, que fingiu interesse amoroso no homem. Ela estava acompanhada por um outro comparsa e três adolescentes, ocasião em que eles o conduziram até o Farol do Morro dos Conventos, onde ocorreu o crime.
Na sequência, depois de jogar a vítima do alto do Morro dos Conventos, saíram do local na posse de seus pertences entre eles um automóvel, dinheiro e um celular. O crime de roubo foi majorado em razão do concurso de pessoas e pela subtração ter sido de veículo automotor transportado para outro Estado (Rio Grande do Sul), bem como qualificado como latrocínio (roubo com resultado morte), praticado com recurso que dificultou a defesa da vítima e mediante meio cruel.
Além disso, os dois principais denunciados corromperam três adolescentes para participarem do crime, o que configura corrupção de menores em sua forma majorada.
Fuga e tentativa de venda
Após o crime, a mulher denunciada fugiu para o Estado do Rio Grande do Sul com o veículo roubado, acompanhada por dois dos adolescentes infratores. Outros dois envolvidos, o padrasto e o ex-padrasto da ré, teriam recebido e transportado o carro, cientes de sua origem ilícita, configurando o crime de receptação.
Posteriormente, dois dos denunciados ainda teriam tentado ocultar as provas do crime ao tentarem vender o veículo a desmanches da região metropolitana de Porto Alegre, com o possível intuito de dificultar as investigações, o que caracteriza tentativa de fraude processual.
Réus e crimes especificados
A ré que atraiu o homem fingindo interesse afetivo foi denunciada por latrocínio, corrupção de menores e tentativa de fraude processual. Seu comparsa foi denunciado também pelos delitos de latrocínio e corrupção de menores. Já o padrasto da mulher, foi denunciado por receptação e tentativa de fraude processual. Por fim, o ex-padrasto foi denunciado por receptação.
O MPSC ainda solicitou a condenação ao pagamento de indenização mínima no valor de R$ 20 mil à família da vítima, a título de reparação pelos danos morais causados.