11.4 C
Criciúma
sábado, maio 18, 2024

Temporais no RS: sobe para 57 o número de mortos

Ao todo, 300 dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 422.307 mil pessoas.

O número de mortos em razão dos temporais que atingem o Rio Grande do Sul subiu para 57 neste sábado (4) de acordo com o boletim divulgado pela Defesa Civil.

Além dos mortos, há 67 desaparecidos e 74 pessoas feridas. A Defesa Civil soma 42.221 pessoas fora de casa, sendo 9.581 pessoas em abrigos e 32.640 desalojadas, que recebem abrigo nas casas de familiares ou amigos. Ao todo, 300 dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 422.307 mil pessoas.

“Esses números podem mudar ainda substancialmente ao longo dos próximos dias, na medida em que a gente consiga acessar as localidades e consiga ter a identificação de outras vidas perdidas”, diz o governador Eduardo Leite (PSDB).

Imagem de drone do dia 3 de maio de 2024 mostra pilha de carros soterrados por enchente na cidade de Encanto após fortes chuvas que caíram sobre o Rio Grande do Sul — Foto: Diego Vara/Reuters

Malha viária
Os temporais causaram danos também na infraestrutura viária. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), 188 trechos de rodovias enfrentam algum tipo de bloqueio em razão disso. Do total, cinco trechos de rodovias federais e 28 trechos de rodovias estaduais sofrem bloqueio parcial. Os demais trechos enfrentam bloqueios totais. Aeroporto e rodoviária de Porto Alegre estão fechados.

Sem luz

O desastre ambiental também deixou cidades sem luz. Na manhã deste sábado, a Rio Grande Energia (RGE), concessionária de energia elétrica que atende parte do RS, divulgou que 296 mil clientes estão sem luz. A maioria desses clientes estão em áreas alagadas.

Causas dos temporais
Os meteorologistas afirmam que os temporais que ocorrem no Rio Grande do Sul são reflexo de, ao menos, três fenômenos que ocorrem na região, agravados pelas mudanças climáticas. Nas próximas 24 horas, há previsão de mais chuva.

A tragédia no estado está associada a correntes intensas de vento, a um corredor de umidade vindo da Amazônia, aumentando a força da chuva, e a um bloqueio atmosférico, devido às ondas de calor.

A previsão é de que a condição se mantenha até este sábado com acumulados que podem chegar até 400 milímetros. O volume deve se somar aos mais de 300 milímetros de chuva registrados nos últimos 4 dias

Em Porto Alegre, o nível do Guaíba superou a cota de inundação, transbordando e avançando sobre ruas e avenidas – e ultrapassou os 5 metros na manhã deste sábado.
Imagem de drone mostra área de Porto Alegre na beira do Guaíba alagada no dia 4 de maio de 2024 — Foto: Renan Mattos/Reuters
Entorno do Mercado Público de Porto Alegre, no Centro da capital gaúcha, alagado no dia 4 de maio de 2024 — Foto: Renan Mattos/Reuters

Fonte: G1/RS

Últimas