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quarta-feira, maio 1, 2024

Morro dos Cavalos: prejuízos incalculáveis à economia

Presidente da Fetrancesc afirma que os danos ainda não foram oficialmente levantados, mas são extremamente relevantes

Florianópolis
Alexandra Cavaler
economia@tnsul.com

A classe empresarial e presidentes de associações voltadas aos segmentos da indústria e do comércio avaliam os prejuízos causados pelo bloqueio na BR-101, na altura do Morro dos Cavalos, município de Palhoça, que ocorreu desde sábado. As pistas tiveram liberação parcial, mas ainda assim as filas chegaram a registrar mais de 40 quilômetros na tarde de ontem, o que acabou gerando atrasos em entregas, danos em mercadorias, além dos contratempos pessoais a milhares de condutores.

Dagnor Schneider, presidente Federação das Empresas de Transporte de Carga do Estado de Santa Catarina (Fetrancesc), explica que os prejuízos ainda não foram oficialmente calculados, mas já se tem noção que os mesmos foram significativos. “Os prejuízos a gente não parou para calcular. Eles são extremamente relevantes. São distribuídos sobre o sistema: o sistema de transporte de cargas no Brasil já é um setor extremamente fragilizado. É uma atividade essencial para a economia do país e, literalmente, sem o caminhão a sociedade para. Os produtos não chegam para indústria, não chegam para o comércio, não chegam para o hospital, farmácia, mercado, enfim, os postos. Então é um setor essencial para a atividade, para a sociedade como um todo. Infelizmente a gente acaba pagando uma conta em decorrência da precariedade da infraestrutura brasileira e em Santa Catarina não é muito diferente”, assinalou.

Segunda faixa sentido norte foi liberada na tarde desta quarta-feira- Foto: PRF


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Schneider enfatiza ainda que tudo o que está acontecendo são situações anunciadas. “Tudo que a gente está vendo, tem visto, são situações que são anunciadas, elas já são previsíveis. O que nos assusta é a inércia. Tudo é meio normal, a gente já aceita como ser normal, os políticos não se manifestam, quem pode fazer, quem tem a capacidade de reagir, de se empenhar para a gente ter uma realidade discutida de uma maneira mais estratégica, de maneira mais racional. No sentido que, efetivamente, Santa Catarina possa recuperar o prejuízo dos últimos tempos. Ou seja, nós temos uma malha rodoviária pequena e, lamentavelmente, uma malha muito maltratada, uma malha que ela não teve a manutenção adequada nos últimos anos, falo décadas talvez. Então, nós temos a menor malha rodoviária pavimentada do Brasil. A topografia nossa já não ajuda, nós temos muitas montanhas, serras e, consequentemente, precisamos atuar de uma maneira mais estratégica, de uma forma mais preventiva”, avaliou.

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