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segunda-feira, maio 6, 2024

Dica da Semana: “Segunda Chamada”

Série emocionante e dramática do Globoplay representa as dificuldades do ensino para jovens adultos em uma escola estadual da periferia de São Paulo

Apesar das dificuldades do ensino público e da grande evasão escolar por parte dos jovens ser algo muito presente e conhecido na realidade do Brasil, é curioso refletir que poucas são as obras (sejam elas filmes, séries ou livros) que retratam esse assunto. Na contramão, vários sucessos norte-americanos, como “Mudança de Hábito” e “Mentes Perigosas”, abordam a importância da figura do professor em comunidades mais pobres, onde os alunos possuem menos oportunidades e são desacreditados. Talvez por conta disso que a série original do Globoplay – em parceria com a O2 – intitulada “Segunda Chamada” tenha feito tanto sucesso desde o seu lançamento, em 2019.

Com duas temporadas disponíveis na plataforma de streaming, a produção tem como protagonista a personagem Lúcia (Débora Bloch), uma professora que volta a lecionar na Escola Estadual Carolina Maria de Jesus depois de alguns anos afastada devido a uma série de tragédias familiares que viveu em um curto espaço de tempo. No seu retorno, a professora assume a turma de Educação para jovens adultos (EJA), que acontece no período noturno da escola. Assim, ela terá a delicada tarefa de ajudar alunos com diferentes realidades e histórias de vida a retomarem os estudos, mesmo com todas as dificuldades e preconceitos de se retomar os estudos já adulto.

Apesar de existir uma certa rotatividade entre alguns dos alunos de Lúcia, alguns personagens são centrais para o desenrolar da trama. Entre eles estão, a transexual Natasha (Linn da Quebrada), o mendigo Silvio (José Dumont) e a senhora religiosa (Dona Jurema). Apesar de serem pessoas muito diferentes entre si, o que, por vezes, ocasiona alguns atritos entre eles, todos os personagens têm em comum a vontade de mudar de vida e veem na escola uma oportunidade quase que única de quebrar um ciclo de pobreza tão comum na sociedade brasileira.

por Kreitlon Pereira

colunavia@gmail.com

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