Sombrio
Alexandra Cavaler
cidades@tnsul.com
A equipe diretiva, administrativa e demais colaboradores do Hospital Dom Joaquim, de Sombrio, esteve reunida ontem para fazer o levantamento dos prejuízos e estragos causados em todos os setores devido ao temporal do último sábado. Segundo a diretora Geral, Mariele Dossoler, os danos estão sendo contabilizados, mas a estimativa é de que o telhado precisará ser refeito, assim como a fiação elétrica.
“Chovia dentro, como se estivéssemos na rua. Por isso tivemos danos significativos na parte elétrica, instalações, circuitos, queimaram vários equipamentos devido à descarga elétrica, e o vento destelhou totalmente o hospital. Foi uma noite complicada e de muita tristeza, um terror que passamos aqui dentro. Nosso hospital estava lotado. Muitos pacientes tiveram que ser remanejados na hora para setores que estavam menos danificados para mantê-los seguros. No mesmo momento cancelamos as cirurgias e começamos as transferências”, relatou.
Transferências
Mariele ressaltou que um levantamento do que queimou, foi perdido e danificado está sendo feito, mas ainda não se tem total dimensão, “mas sabemos que no momento o prudente é fechar temporariamente, reconstruir e logo retomar as atividades; o que deve acontecer em 30 dias. Cabe ainda destacar que o Instituto Maria Schimitt, responsável pela administração do hospital, irá absorver a nossa demanda neste período”.
Já Beatriz Godinho, gerente de Enfermagem da unidade hospitalar, diz que a primeira ação tomada pela equipe foi a transferência segura de todos que estavam internados. “Logo pela manhã, após prestarmos atendimentos aos internados, começamos uma busca de leitos para transferência de todos. Junto com o Núcleo Interno de Regulação do hospital, Regulação do estado, e em parceira com as demais instituições conseguimos, em um tempo hábil, levar todos com segurança para outras instituições e acima de tudo muito respeito”, explicou que as cirurgias já agendadas também estão sendo remanejadas. “E também estamos organizando um local para fazer o pronto atendimento, o que logo deve ser divulgado”.
Tristeza no meio do nada
Mariele conta ainda que nem durante o Furacão Catarina, em 2004, o hospital precisou ser fechado. “Um dia triste para todos, pois olhar a unidade fechada nos causa muito dor. Este temporal foi pior do que o Catarina para o Dom Joaquim. Na época do furacão, conseguimos manter os serviços; desta vez, não”.
Beatriz, ao ser questionada sobre o sentimento de ver a situação dentro da unidade disse que se sentiu no meio do nada. “Eu como funcionária da instituição há mais de cinco anos, quando me deparei com a situação não pude conter minhas lágrimas. É tão batalhado para conseguir adquirir os equipamentos, para prestar um serviço de excelência à nossa população, e hoje nos deparamos no meio do nada. Lamentável! Mas logo, com ajuda de todos, vamos nos reerguer e voltarmos com todos serviços”, revelou Beatriz, confiante.



Leia mais matérias completas na edição desta terça-feira, dia 21, do jornal impresso Tribuna de Notícias. Ligue para 48 3478-2900 e garanta sua assinatura.