Araranguá
Edson Padoin
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No último sábado, técnicos da empresa LABB Análises Ambientais, sediada em Blumenau, realizaram coletas de amostras de sedimentos em três pontos distintos do rio Araranguá. A ação, fruto da parceria entre o Conselho Ambiental do Município de Araranguá (Coama), Administração Municipal e a Fundação Ambiental do Município de Araranguá (Fama), visa obter dados oficiais sobre a qualidade da água do rio e identificar os eventuais contaminantes.
O biólogo e diretor operacional da Fama, João Rosado, explicou que a iniciativa surgiu da necessidade de embasar discussões sobre o rio com dados concretos. “Muito se comenta sobre o rio, mas na verdade, carecemos de análises embasadas. Isto é fundamental para que possamos elaborar um diagnóstico e adotar medidas visando fatores como desenvolvimento de projetos e preservação, o que inclui a identificação de eventuais poluentes”, afirmou Rosado.
Importância
Os pontos de coleta foram definidos estrategicamente e as análises de sedimentos serão realizadas trimestralmente. João Rosado destacou a importância de quantificar e compreender a natureza dos poluentes presentes no rio Araranguá. “Quais são os principais contaminantes do rio Araranguá? A gente tem hoje o rio como um importante recurso hídrico para a cidade de Araranguá, inclusive empresta o nome para o município e é um dos poucos rios no mundo que muda de cor. Então, tem um potencial turístico imenso de exploração e necessitamos saber essa informação”, ressaltou o biólogo.
A falta de dados quantitativos sobre a qualidade da água do rio tem gerado incertezas sobre suas condições, apesar de ser um local importante para atividades econômicas, históricas, geográficas e turísticas. “O pessoal tem buscado bastante agora desenvolver esportes náuticos, passeios, porém ninguém sabe, todo mundo acha que o rio é poluído, mas a gente não tem dados que quantifiquem”, afirmou Rosado.
A parceria entre Coama, Município de Araranguá, Samae e Fama é crucial para o sucesso da iniciativa. O diretor do Samae, Jairo Costa, se prontificou a custear as análises, reconhecendo a importância do estudo para a preservação ambiental. O resultado das análises deve ser disponibilizado em até 15 dias.
Desenvolvimento
João Rosado concluiu ressaltando a relevância do estudo não apenas para a preservação do rio Araranguá, mas também para o desenvolvimento sustentável da região. “É um estudo importante, inclusive também adicionando aí o desenvolvimento da pesca. Tem muita gente que pesca no rio Araranguá, que consome os peixes também, então a gente precisa começar a estudar e entender um pouco essa dinâmica de contaminação”, destacou o biólogo.
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