Um dos mais importantes e premiados roteiristas brasileiros, Jorge Furtado criou em 2003 um dos filmes mais importantes de sua carreira – e um clássico do cinema nacional. Estrelado por Leandra Leal e Lázaro Ramos, “O Homem Que Copiava” é um filme de enredo relativamente simples que consegue manter um ritmo intenso do início ao fim. Muito elogiado pela crítica nacional e internacional, o longa venceu vários prêmios como as categorias de “Melhor Diretor”, “Melhor Filme”, “Melhor Roteiro Original” e “Melhor Montagem” pelo Grande Prêmio Cinema Brasil, em 2004. Atualmente, se encontra disponível nos streamings da Globoplay, da Amazon Prime Video e da Paramount+.
A trama gira em torno de André (Lázaro Ramos), um jovem tímido e inseguro que trabalha como operador de fotocopiadora e recebe um salário miserável. Responsável pela narração da história, conta vários fatos curiosos que sabe de ler o conteúdo das cópias dos clientes. Sem dinheiro para nada além do básico, o protagonista vive apertado, fazendo as contas do que pode ou não pode pagar. O personagem acaba se apaixonando por sua vizinha Sílvia (Leandra Leal), que trabalha como balconista em uma loja de artigos femininos e a observa com seus binóculos todas as noites.
Com a vontade de impressioná-la e resolver os seus problemas financeiros, André tem a ideia de copiar notas de 50 reais nas máquinas fotocopiadoras de seu trabalho. Porém, o que era para ser apenas uma forma de impressionar a menina por quem estava apaixonada acaba virando uma espécie de negócio clandestino, que irá envolver os seus amigos Marinês (Luana Piovani) e André (Pedro Cardoso). A partir daí, uma série de reviravoltas acontecem na história, tornando-a cada vez mais interessante. Além de contar com uma excelente performance dos atores, “O Homem Que Copiava” é um filme com um roteiro muito bem estruturado e uma direção bastante inventiva.
por Kreitlon Pereira
colunavia@gmail.com
