Criciúma
Edson Padoin
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Hoje é celebrado o Dia do Médico, uma homenagem a todos os profissionais que dedicam suas vidas a cuidar da saúde da população. A escolha desta data remete ao Dia de São Lucas, o padroeiro da Medicina, e este ano é ainda mais especial para o Dr. Dario Henrique Garcia, psiquiatra e diretor técnico do serviço de medicina das Clínicas Integradas da Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc), que completa 50 anos de profissão.
O médico, que foi incentivado pelo seu pai a cursar medicina, acredita que o profissional precisa ter a capacidade de entendimento do paciente. “Estou completando 50 anos de profissão neste dia do médico. Meu pai era comerciário e um grande incentivador para que eu fizesse medicina. Ele sempre investiu nos meus estudos e sempre quis formar um filho médico. Hoje, após cinco décadas de profissão, consigo entender que o médico precisa ter uma capacidade de entendimento do indivíduo, não só da doença”, ressalta.
Professor
As Clínicas Integradas da Unesc, em que o doutor é diretor técnico, têm desempenhado um papel fundamental na formação dos futuros médicos. No mês de janeiro de 2023, mesmo durante um período historicamente calmo, foram registrados 6.531 atendimentos, demonstrando o compromisso da instituição com a saúde da comunidade. No local, os acadêmicos aprendem na prática como realizar um atendimento médico, sempre com a orientação de um professor. “Eu atuo como professor no curso de medicina da Unesc há quase 20 anos. As Clínicas Integradas possuem o principal objetivo para trabalhar na formação do aluno”, completa.
Para o acadêmico da 11ª fase de medicina da Unesc, João Pedro de Souza Zilli, a escolha da profissão foi motivada após ser diagnosticado com depressão. “Eu escolhi fazer medicina porque sempre tive vontade de ajudar os outros e durante um momento difícil na minha vida fui assistido por uma médica. Com isso, surgiu a minha meta de vida: prevenir e/ou remediar o sofrimento alheio”, salienta o estudante.
Já o presidente do Sindicato dos Médicos da Região Sul Catarinense (Simersul), Dr. Licínio Argeu Alcântara, explica que o sindicato busca todos os dias o melhor para todos. “Temos o papel de defender a saúde e não só os médicos. Buscamos sempre ter o cuidado para que a saúde aconteça da melhor forma possível para toda a população. Estamos sempre atentos”.
Medicina como vocação e vínculo familiar
Na área da medicina, é comum encontrar histórias de famílias que compartilham a mesma paixão por cuidar da saúde das pessoas. Uma dessas histórias é a dos irmãos médicos, Davi e Samuel Diomário da Rosa, que buscam fazer a diferença nas vidas de seus pacientes e fortalecer o compromisso com a medicina como serviço essencial à sociedade. “A minha vontade de cursar medicina surgiu da fascinação pelo corpo humano e o desejo de ajudar os outros. A inspiração no meu irmão, que é médico, definitivamente foi um fator motivador para seguir esse caminho”, conta Davi, que atualmente trabalha no Sistema Único de Saúde (SUS).
Além de ser uma fonte constante de inspiração, Samuel desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento profissional de Davi. “Durante a faculdade, recebi orientações valiosas do meu irmão, que compartilhou sua experiência e conhecimento, o que foi fundamental para o meu desenvolvimento como médico”, ressalta Davi.
Já Samuel, que é médico anestesiologista, detalha a oportunidade valiosa em contribuir na formação do irmão. “Compartilhar experiências práticas, ensinar habilidades diagnósticas e enfatizar a ética médica e empatia são essenciais. Esta troca fortalece nosso vínculo familiar, preparando-o também para fazer diferença na vida dos pacientes”.
Importância do Sistema Único de Saúde (SUS)
O Sistema Único de Saúde (SUS) é um dos maiores e mais complexos sistemas de saúde pública do mundo, abrangendo desde o simples atendimento para avaliação da pressão arterial, por meio da Atenção Primária, até o transplante de órgãos, garantindo acesso integral, universal e gratuito para toda a população do país. Com a sua criação, o SUS proporcionou o acesso universal ao sistema público de saúde, sem discriminação. A atenção integral à saúde, e não somente aos cuidados assistenciais, passou a ser um direito de todos os brasileiros, desde a gestação e por toda a vida, com foco na saúde com qualidade de vida, visando a prevenção e a promoção da saúde.
“Trabalhar no Sistema Único de Saúde (SUS) em uma cidade do interior é uma experiência enriquecedora e desafiadora para qualquer médico. Nesse contexto, somos confrontados com uma diversidade de casos médicos, muitas vezes em condições precárias, o que exige criatividade e resiliência para oferecer o melhor cuidado possível aos pacientes”, relata o doutor Davi Diomário da Rosa.
O médico ressalta ainda a importância de entender o contexto social que o paciente está inserido. “A proximidade com a comunidade é uma das características marcantes desse ambiente. Conhecer os pacientes não apenas como casos clínicos, mas como indivíduos inseridos em um contexto social, nos permite entender melhor suas necessidades e proporcionar um atendimento mais humanizado. No SUS, a medicina é praticada com paixão e dedicação, muitas vezes superando limitações de recursos para garantir que todos, independentemente de sua condição socioeconômica, recebam o tratamento adequado”, completa.
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