Tiago Monte
Criciúma
No sábado, quando faltar uma hora para a partida entre Criciúma e CRB, em Maceió, o nome de Fellipe Mateus deve aparecer pela 50ª vez no ano, entre os atletas que estarão em campo. Junto com o lateral esquerdo Marcelo Hermes, ele é o jogador que mais atuou pelo Tigre na temporada.
O fato orgulha o jogador, que destaca o desgaste que a logística oferece aos atletas carvoeiros. “Bom, eu só tenho que agradecer, né? Primeiramente a Deus, ao estafe, que dá todo o suporte, ao clube, aos companheiros… porque não é fácil, né? Por conta da nossa geografia, um país tão grande, e a nossa logística, aqui, acaba sendo um pouco complicada, né? Pra deslocar até aeroporto e tudo mais. Então, fazer 50 jogos em uma temporada, com tudo que vem acontecendo no ano, pra mim, é inédito. É muito bom, muito gratificante estar podendo fazer isso e concretizar, nos próximos jogos, se Deus quiser, com vitórias e o Criciúma consiga, esse ano, alcançar os seus objetivos”, comenta o atleta.
Mesmo com todo apoio que recebe do clube, Fellipe destaca que o cansaço começa a aparecer, nesta altura da temporada, restando seis jogos para o final das disputas em 2023. “Sem dúvida que, fisiologicamente, não é muito bom, por conta do desgaste que vem tendo, mas há outras equipes também que passam por isso, há outros profissionais que passam por isso, e eu estou com um aparato de profissionais, aqui no clube, que está me auxiliando muito. Claro que isso (cansaço) influencia, mas o foco a gente vai tirando disso, porque o mais importante é a gente dar o nosso melhor. Então, acredito que o clube vem me dando todo suporte, eu também venho me cuidando bastante para que não ocorra nenhum tipo de desgaste. Para mim, é muito gratificante estar podendo fazer isso e ajudar da melhor maneira possível”, comenta.
Em busca das atuações do primeiro semestre
Independente se atua mais avançado ou mais recuado, Fellipe quer mesmo que o Criciúma resgate as atuações do começo da Série B, para que possa concretizar o sonho do acesso. “Quando eu jogo um pouco mais pra trás, eu tenho que fechar muito espaço defensivamente. Às vezes, não é nem correr muito longo, mas fechar espaço porque sabemos que eu tenho uma função que tem que chegar lá na área. Então, eu tenho que estar aqui, ajudando na defensiva, e também indo lá, poder pisar na área, para ajudar ofensivamente. Quando são três volantes, eu fico um pouco mais livre para poder criar, armar, fazer a função mais ofensiva. Então, isso fica a critério do professor: eu tenho ajudado tanto com os três volantes, ou um pouco mais recuado. Acho que o mais importante é voltarmos a jogar bem, igual no início da Série B, e produzirmos, porque eu acho que naturalmente as coisas vão voltar a fluir e vamos brigar pelo acesso”, destaca.
O Tigre esteve no G4, em 18 rodadas, mas perdeu desempenho, nas últimas partidas. O sentimento de frustração acaba aparecendo, mas Fellipe Mateus trata logo de mudar o foco dos pensamentos. “A frustração fica ali após o jogo, quando você fica: ‘poxa, poderia ganhar, poderia…’ mas isso logo acaba, porque sabemos que isso não pode nos tomar. O que tem que estar, no dia a dia, é o foco no próximo jogo. Cada jogo, encarar da melhor maneira possível, não nos apegar às coisas negativas, porque sabemos que o psicológico influencia muito. Então, o que tem que vir, daqui pra frente, é entre nós: focar no que precisa estar fazendo, e esquecer o passado. Lógico que serve de aprendizado, não iremos negligenciar nada que passou. Se fizermos a nossa parte, ali dentro do campo, dando o nosso melhor, naturalmente, acredito que as coisas vão voltar aos trilhos e conseguiremos fazer um fim de turno igual começou o campeonato”, destaca.