O prefeito Topázio afirmou que irá reavaliar o contrato com a Casan (Companhia Catarinense de Águas e Saneamento) após o rompimento do reservatório no bairro Monte Cristo, em Florianópolis, na madrugada desta quarta-feira (6). A laje que suspendia o reservatório quebrou e 8 milhões de litros de água foram despejados no bairro. Já foram contabilizadas 92 casas destruídas e 250 vítimas.
De acordo com o prefeito, é preciso avaliar as causas do acidente e o serviço que está sendo prestado pela Casan, que precisa de condições financeiras para cumprir com os contratos.
“Demos um prazo para a Casan apresentar um cronograma de obras necessárias para a cidade. O prazo se encerra no final de outubro. De acordo com a resposta, vamos tomar as ações necessárias”, afirmou Topázio, que está antecipando sua viagem de regresso da Coreia do Sul.
Equipes técnicas da Casan estão realizando um levantamento da região para certificar que não há mais riscos no local. A previsão é de que a estrutura que se rompeu seja demolida.
Um porta-voz da companhia afirmou que todas as pessoas que tiveram suas casas destruídas serão levadas para hotéis: “Todos terão um local para dormir esta noite”, afirmou.
Comunidade se mobiliza para ajudar os afetados
Uma parte da comunidade afetada está abrigada na Capela Rosa Mística e está recebendo auxílio de voluntários. Beatriz Silveira, voluntária da rede Somar, disse que a organização já recebeu diversas doações e afirma que haverá comida para todos nesta quarta-feira.
A voluntária também solicita às pessoas doações de cestas básicas, roupas, produtos de limpeza e leite, que poderão ser entregues na sede da organização Somar. Para saber mais detalhes de como doar, ligue (48) 98441-0217.
Inquérito é instaurado a fim de apurar causas do rompimento
Vários moradores disseram que já havia denúncias de que a estrutura estava comprometida. A 29ª Promotoria de Justiça da Comarca da Capital instaurou um inquérito civil nesta manhã de quarta-feira (6) a fim de esclarecer a causa do rompimento do reservatório da Casan e quantificar o número de atingidos. As responsabilidades pelo rompimento do reservatório serão apuradas pelo MPSC (Ministério Público de Santa Catarina).
O promotor de Justiça Eilson Paulo Mendonça Neto está requisitando informações à Defesa Civil, ao Corpo de Bombeiros e à Polícia Militar, como registros fotográficos e detalhes sobre o atendimento prestado. O promotor também requisita que a Polícia Científica de Santa Catarina realize perícia no local a fim de apurar a extensão dos danos causados.
“A situação apresentada é lamentável e exige a união de esforços para atenuar o sofrimento dos envolvidos e o restabelecimento do serviço essencial. Nesse sentido, será desenvolvida a atuação da 29ª Promotoria de Justiça”, completa o Promotor de Justiça.
A estrutura colapsou por volta das 2h da quarta-feira. Ainda que os registros já tenham sido fechados, ainda há água saindo por algumas tubulações. A limpeza esta acontecendo de forma rápida, muitos entulhos já foram retirados para permitir a passagem de veículos que possam prestar auxílio.
*Via ND+