‘Unidos, nós vamos vencer’: o bordão para o progresso de Forquilhinha

Cidade comemora hoje os 34 anos de emancipação, conquistados com muita mobilização dos moradores

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Há aproximadamente 111 anos, estabeleceram-se os primeiros povoados em Forquilhinha. Na época, o município ainda não era emancipado de Criciúma, conquista que só veio em 1989, depois de muita mobilização dos moradores durante as décadas que se sucederam as suas chegadas no início do século XX.

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Com muita garra e tradição alemã por conta de suas origens, ergueram as mangas e começaram a construir propriedades no local. “Desde 1910, começaram a vir para cá os primeiros colonizadores para procurar um lugar melhor para eles residirem. Estavam vindo de São Martinho para cá. Eram várias famílias como Back, Arns, Westrup, Steiner”, conta Ámida Tiscoski, uma das figuras forquilhinhenses mais conhecidas na cidade, guardiã de histórias do município, colunista social e aposentada. “Essas famílias ocupavam essas terras. Construíram igrejas, escolas. Assim que começou a história de Forquilhinha, precariamente”, comenta.

De acordo com Ámida, a frase ‘Unidos, nós vamos vencer’ foi um bordão muito utilizado pelos colonizadores, quase prevendo ou atraindo a potência que o município viraria com o próprio trabalho árduo. “Se não fosse a vontade dos colonizadores de fazer aquela comunidade a crescer, nós não teríamos hoje a cidade que temos”, admite Ámida. O nome Forquilhinha vem do encontro de dois rios, o Mãe Luzia e o São Bento, formando então uma forquilha.

Coletividade e persistência

Uma palavra que define bem o motivo do crescimento de Forquilhinha é a coletividade. Muito próximas, as famílias passaram a plantar e viver da agricultura com o pouco que tinham e com ajuda mútua. “Eles se ajudavam e foram poucas sementes que tinham: milho, feijão, arroz. Foram plantando e, aos poucos, foram aumentando”, relata Ámida.

Quando já tinha certa independência, a comunidade quis buscar a emancipação de Criciúma. Antes da criação efetiva de Forquilhinha, em 26 de abril em 1989, foram três tentativas: na década de 70, 80 e no ano de 1987. A emancipação é vista até hoje como uma conquista e inevitavelmente a cidade colhe os frutos da dedicação dos antepassados atualmente.