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Criciúma
quarta-feira, maio 8, 2024

Sombrio: Prefeitura diz não ter ligação com fraude da Farmácia Popular

Letícia Ortolan
Sombrio

O programa da Farmácia Popular, do Governo Federal, está sendo investigado por esquemas de fraude para desviar dinheiro público. Trata-se de um roubo bilionário, que envolve drogarias fantasmas por diferentes Estados do Brasil e utilização do Cadastro de Pessoa Física (CPF) de vários brasileiros. Na região Sul de Santa Catarina, Sombrio é uma das cidades com filial suspeita de ter recebido dinheiro de forma inadequada durante meses, através do nome de uma funcionária da empresa.

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Conforme a acusação, o dono da Farmácia Popular de Sombrio teria usado os dados da própria faxineira para simular compras de remédios, desta forma, o estabelecimento se tornava apto para receber o reembolso do Ministério da Saúde do Brasil. Estima-se que no ano passado, cerca de R$ 2,5 bilhões foram pagos para país de 30 mil drogarias credenciadas por meio do programa.  A funcionária, que trabalhou por anos no local, só teve conhecimento da situação após seu nome ter sido identificada em uma auditoria. (quanto foi o valor do desvio em Sombrio. Ali dá de entender que foi 2,5 bilhões)

“Para nós essa informação foi uma surpresa. Nunca imaginamos que pudesse ter algum esquema de fraude e nós não temos absolutamente nada a ver com o fato ocorrido. É um programa do Governo Federal e não passa absolutamente nada pelo município, tanto que não compete a nós tomar alguma decisão ou fazer algo acerca disso”, exclamou o secretário de Saúde de Sombrio, Cleiton da Rosa.

Segundo a Central da Polícia Federal de Criciúma, a única investigação envolvendo Sombrio até o momento, é a Operação Fuscus, que movimentou cerca de R$ 10 milhões em aproximadamente 15 meses. “São investigados de Araranguá que forneciam medicamentos hospitalares para atender a rede municipal de Sombrio”, o delegado Daniel Reschke.

Uma nova fase da operação foi deflagrada na última quinta-feira, 12, cumprindo três mandados de busca e apreensão expedidos pela 1ª Vara Federal em Criciúma. O alvo das investigações são endereços de empresários suspeitos de participarem do superfaturamento de produtos médicos e odontológicos adquiridos, inclusive para o enfrentamento da pandemia do coronavírus.

A Operação Fuscus foi iniciada em setembro de 2020, tendo a sua primeira fase em novembro do mesmo ano e uma segunda fase desencadeada em novembro de 2021, a partir da representação de pessoas inconformada com supostos mal feitos na aplicação de recursos públicos destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS). A pena pode chegar até 28 anos de reclusão, por crimes de conluio e fraude ao caráter competitivo de licitações, falsidade ideológica, peculato e organização criminosa

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