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quarta-feira, maio 1, 2024

Estudo aponta alimentos que podem aumentar risco de demência

Alguns alimentos são considerados vilões da saúde, pois o consumo pode aumentar o risco da pessoa desenvolver demência. Pelo menos é o que aponta um estudo – publicado na revista Neurology. Segundo a pesquisa, pessoas que consomem mais alimentos ultraprocessados, que engloba refrigerantes, biscoitos e batatas fritas industrializadas, têm mais chance de desenvolver a doença.

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Além de ter baixo valor nutricional, os alimentos ultraprocessados são ricos em açúcar, gordura e sal. Também possuem poucas fibras e proteínas.

Outros alimentos que também pertencem ao grupo são: sorvete, salsicha, iogurte, ketchup, frango frito, feijão, guacamole e maionese industrializados, tomate enlatado, salgadinhos em geral, pães embalados e cereais aromatizados, por exemplo.

“Nossa pesquisa não apenas descobriu que os alimentos ultraprocessados ​​estão associados a um risco maior de demência, mas também que substituí-los por opções saudáveis ​​​​pode diminuir o risco da síndrome”, disse o autor do estudo, Huiping Li, em comunicado.

Conforme os pesquisadores, se a pessoa substituir 10% dos alimentos ultraprocessados por não processados, o risco de apresentar quadro de demência pode diminuir 19%. “Pequenas e gerenciáveis ​​mudanças na dieta podem fazer a diferença no risco de demência de uma pessoa”, destaca Li.

Estudo: como foi feito e quais os resultados

O estudo foi realizado com pessoas de um banco de dados de saúde do Reino Unido. Elas tinham 55 anos ou mais e não apresentavam sinais de demência. Os cientistas acompanharam os pacientes por cerca de 10 anos.  Após o período 518 foram diagnosticadas com a doença.

Os pesquisadores acompanhavam o que os pacientes comiam e bebiam diariamente, para mensurar a quantidade de alimentos ultraprocessados que tinham sido ingeridos. Foram feitos dois grupos com 18.021 pessoas cada: um em que o consumo de alimentos ultraprocessados era maior e outro menor.

No grupo que menos consumiu ultraprocessados, 105 pessoas desenvolveram demência. Já no grupo que mais consumia alimentos desse tipo, 150 pessoas  tiveram a síndrome – o que representa um aumento de cerca de 43%, em relação ao outro grupo

O estudo não prova de forma integral que alimentos ultraprocessados ​​causam demência, mas demonstra que existe uma associação. A pesquisa descobriu  que, a cada aumento de 10% na ingestão diária de ultraprocessados, o risco de desenvolver a síndrome sobe 25%.

*Informações R7

 *Via ND+

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