Criciúma/ Morro da Fumaça
Após lutarem bravamente pela vida, as quadrigêmeas de Morro da Fumaça podem, enfim, ficar juntas no conforto de casa e com a família. A última das quatro irmãs recebeu alta na segunda-feira, após três meses e sete dias internada em Criciúma. As pequenas nasceram em 7 de novembro, prematuramente, com apenas 28 semanas gestacionais. Horas após o parto, a mãe das crianças, Rosineia Tomaz Garcia, de 37 anos, morreu.
Rebecca, Hanna, Haaby e Maressa, as quadrigêmeas, vivem juntas, no município de Criciúma, com o pai, Cláudio Roberto Garcia. Agora, as pequenas contam com o apoio de familiares, que se dividem para ajudar a cuidar e educar as irmãs. “Esse processo de adaptação é muito complicado, porque conseguir pessoas para ajudar, é difícil. Tenho uma tia que auxilia, mas durante a noite é mais difícil”, comenta o aposentado.
Segundo o pai, a maior dificuldade é na parte noturna. “É quando as cólicas e o choro sempre aparecem e falta braço para poder segurar as crianças. Então, é mais complicado. Em casa, moramos eu e as crianças. Minha tia vem só para ajudar, durante o dia. No período da noite, é um revezamento de parentes para cuidar delas também”, acrescenta Garcia, que é aposentado pela Polícia Militar (PM).
Antes mesmo de a última quadrigêmea receber alta do hospital, a correria já era intensa com a adaptação à chegada das três irmãs. “Quando a minha tia fica com duas, as outras eu levo no médico, no posto de saúde, fazer fisioterapia – que elas são obrigadas a fazer duas vezes por semana. Estou tentando com a prefeitura, para que venham fazer até em casa. Queira ou não queira, tudo envolve dinheiro”, enfatiza o pai.
A principal dificuldade, hoje, é com os custos do plano de saúde, fisioterapia e cuidadoras. “Tem, agora, um exame que precisamos fazer, mas o plano não cobre e tudo tem um custo. Estou tentando minimizar as despesas com a prefeitura, mas ainda não consegui”, pontua Garcia. “É difícil os gastos diminuírem, eles só aumentam”, complementa o pai.
Garcia comenta que as fraldas RN que recebeu de doações já são suficientes para as quatro pequenas, até que elas precisem de um tamanho maior. O leite arrecadado também supre, inicialmente, a necessidade da família. Por outro lado, além da necessidade financeira para arcar com as despesas, as quadrigêmeas também precisam de lenços umedecidos e pomadas para assaduras.
Morte da mãe após o parto
Aos 37 anos, Rosineia Tomaz Garcia morreu na madrugada do dia 8 de novembro, após dar à luz em Criciúma. A mãe das quadrigêmeas trabalhava como auxiliar de serviços na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Morro da Fumaça. Horas depois do parto, a mulher passou mal e precisou ser encaminhada à Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Porém, embora tenha recebido atendimento, não resistiu à gravidade do quadro.
As quatro irmãs nasceram com 900 gramas, aproximadamente, cada uma. Elas precisaram de cuidados intensos, devido à fragilidade em que se encontravam.
Saiba como ajudar a família
A Igreja Luterana Renovada, que Garcia faz parte, criou uma vaquinha online para arrecadar dinheiro para custear as despesas das quadrigêmeas. O link para acesso é https://www.vakinha.com.br/vaquinha/ajude-as-quadrigemeas. O pai das pequenas também recebe ajuda através do Pix. A chave é 74626698972, titular Cláudio Roberto Garcia e a instituição é o Banco do Brasil.
- Vakinha online: https://www.vakinha.com.br/vaquinha/ajude-as-quadrigemeas;
- Chave Pix: 74626698972 (Cláudio Roberto Garcia/ Banco do Brasil).