A Polícia Civil de Santa Catarina, juntamente com o Instituto Geral de Perícias (IGP/SC) e o Ministério Público de SC (MPSC), desencadeou a “Operação Santa Forte”, em uma nova fase das investigações sobre o roubo ao Banco do Brasil ocorrido na noite de 30 de novembro do ano passado, em Criciúma, Sul do Estado. Agora, as investigações apontaram a participação direta de 12 pessoas no assalto: dez homens de São Paulo, um homem e uma mulher de Santa Catarina, que tiveram suas prisões preventivas decretadas pela Justiça em Criciúma.
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A primeira fase das investigações envolveu os trabalhos de diversas forças de segurança e resultou na prisão e no indiciamento de dezesseis pessoas relacionadas à organização criminosa responsável pelo roubo. Nessa nova fase, dez indivíduos já estão entre os dezesseis que respondem pelo crime de organização criminosa.
O roubo cometido teve diversas causas de aumento de pena previstas no Código Penal, como o concurso de agentes, vítimas mantidas reféns, emprego de armas de fogo de calibres proibidos, uso de explosivos, além dos crimes de dano ao patrimônio público, de incêndio e de organização criminosa. Situação ainda mais grave também atribuída aos criminosos refere-se às sérias lesões causadas ao policial militar Jeferson Luiz Esmeraldino, alvejado durante a ação, que faz o crime ser classificado como latrocínio.
Desde o começo das investigações, os trabalhos contam com a atuação conjunta e integrada entre a Polícia Civil (PCSC) e o Instituto Geral de Perícias (IGP/SC), necessária diante da grande complexidade do crime, com dezenas de criminosos, a utilização de inúmeros veículos e diversos imóveis, tanto em Santa Catarina quanto no Rio Grande do Sul, levando a um grande quebra cabeças que vem sendo montado. Os trabalhos periciais são considerados de extrema importância para a robustez da investigação e a consequente prova criminal levantada até o momento.
A ação ocorrida em Criciúma é chamada de “domínio de cidade” e foi o maior roubo da história no Brasil, sendo levados R$ 125 milhões. No Brasil, foram levados valores superiores apenas nos furtos ao Banco Central de Fortaleza, em 2005, de onde subtraíram R$ 164 milhões, e quando foram arrombados 170 cofres do Banco Itaú, em São Paulo, em 2011, estimando-se em R$ 500 milhões, entre joias e dinheiro.
O inquérito policial e as investigações estão sendo realizadas pela Delegacia de Roubos e Antissequestro da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC/PCSC) da Polícia Civil de SC, e contam com o apoio da Diretoria de Inteligência da Polícia Civil e de Delegacias de Polícia da própria DEIC/PCSC e das regiões de Criciúma, Laguna, Tubarão e Araranguá.
A “Operação Santa Forte” faz referência ao ataque cometido contra uma caixa forte de valores e ao trabalho da Polícia Civil de Santa Catarina, na identificação e responsabilização dos autores. As investigações do crime continuam.