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sexta-feira, abril 26, 2024

Criciúma: PSB lança pré-candidaturas do Sul para 2022

Falta mais de um ano para as eleições de 2022, mas a movimentação já é grande. E não apenas nos bastidores. O Partido Socialista Brasileiro (PSB) realizou um evento em Criciúma para apresentar os pré-candidatos a deputado estadual.

“Foi um ótimo evento, muito propositivo. Contamos com a presença de várias lideranças do partido na região para debatermos ideias. Claro que a nossa vontade era de reunirmos 100, 200 pessoas, mas a pandemia não permite. Estiveram reunidas conosco aproximadamente 30 pessoas. Teremos muito trabalho pela frente até a próxima corrida eleitoral”, expõe o agora pré-candidato a deputado estadual e presidente do partido em Criciúma, Fábio Brezola. Na ocasião, o nome de Bia Vargas foi confirmado para a disputa legislativa federal.

Segundo o presidente estadual do partido e ex-deputado federal Cláudio Vignatti, o projeto tem sido ampliado em todo o país. “O PSB nacional esta se preparando fortemente para as próximas eleições. Podemos citar como novos filiados Flávio Dino, Marcelo Freixo, Manuela d’Ávila e Tabata Amaral, são nomes de peso que muito já contribuíram com a política de seus respectivos estados. O PSB vem com um projeto com novas ideias progressistas, baseada na social-democracia, uma esquerda jovem, limpa. A nível nacional, queremos entrar para enfrentar essa polarização atual e derrotarmos o bolsonarismo. O movimento também está forte em Santa Catarina. Todos os dias novas pessoas me procuram pelas redes sociais querendo se filiar ao partido, já não estou mais conseguindo dar conta de responder a todos. Todas as regiões do estado estão engajadas, está sendo um movimento muito bonito de se ver. Aqui no Sul, o evento também contou com representantes da sigla de Sombrio, Içara, Tubarão e Imbituba”, destaca.

Projeto amplo

Para Brezola, o projeto do PSB é aberto para bons nomes que estão em outros partidos, e até mesmo a estrutura é favorável para eleger candidatos com menos votos do que em outras siglas. “O PSB é muito leve. Cabe muita gente. Os grandes partidos já estão com tudo mapeado. E tem muita gente no PP, no MDB, no PSDB, que não tem espaço. Mas aqui cabe. O PT cabe aqui. O PDSB também. O PSB deu uma guinada muito forte. Sempre esteve no quadrante da centro-esquerda. A origem do PSB é essa. Nunca foi excesso de um lado ou excesso de outro. Tem muita gente boa vindo e muita gente boa fomentando a ideia de fazermos um deputado estadual da nossa região”, destaca.

“Em outros partidos é muito difícil, porque o pequeno sabe que vai fazer voto para o grande. O cara já vai para a guerra sabendo que vai perder. E aqui o nosso desafio é segurar a legenda. Não colocar nenhum estrelão, nenhum grandão, porque motiva o nosso candidato a pedir um votinho a mais. Com 60 candidatos a 5 mil votos cada, dá 300 mil votos. Elege três deputados. Com 12, 13, 14 mil votos, elege um deputado estadual. Deputado federal não é diferente. Elegemos um deputado federal do PSB com 42 mil votos. Tem gente e 100 mil votos e não foi. Esse é o desafio”, complementa.

O próprio projeto do partido é amplo, buscando eleger prefeitos e vereadores na região em 2024. “Pensando na região Sul, efetivamente, precisamos fazer um deputado estadual para construir campanha a prefeito e vereador. Precisamos, do mandato de deputado estadual, que vai ser municipalista. Vamos identificar onde tem potencial e vamos lançar candidato a prefeito e o mandato vai trabalhar par ajudar esse candidato a prefeito.

Mudança do cenário

Para Brezola, o cenário visto em 2018, com a onda PSL, liderada pelo presidente Jair Bolsonaro, não deve se repetir. E por isso, o partido entra forte na disputa por cadeiras na Assembleia Legislativa e também na Câmara dos Deputados. “Aquela eleição minha de 2018 foi completamente atípica. Você se prepara com a resposta e o universo vem e muda as perguntas. Como a gente percebia, em 2018 fui candidato a deputado federal, eu escolhi a melhor eleição para me eleger. Estava certa a estratégia. Só que a avenida que eu trafeguei naquela eleição, era a avenida do novo. Da renovação, do diferente. E naquela eleição o voto do novo teve um número. Em primeiro momento, lógico que fiquei triste, mas depois fazendo a análise, a gente vê que é uma realidade. Quem disputou esse quadrante do novo perdeu para o número. O efeito Bolsonaro foi muito forte. E agora é diferente. A construção das minhas eleições, que sempre foi aumentando”, analisa.

Satisfeito com o ambiente encontrado no PSB, Brezola destaca que já tem certa experiência na disputa eleitoral, mas sem ser um candidato velho. “Das minhas campanhas desde vice, sempre foram propositivas. Mesmo em um partido de esquerda, nunca foram ideológicas. Sempre foram baseadas em projetos, fundamentadas. O que dá realmente. Existe o estado que a gente tem, o estado que a gente quer, e o estado que a gente pode. Não adianta vir fazer proposta doida sabendo que não dá. E eleição é eleição. A gente tem que saber o tamanho da gente. Tem muita coisa que mexe no jogo. Mas 15 mil votos eu acho que é do meu tamanho e que dá para brigar”, adianta.

Chances no Governo do Estado

A expectativa até 2022 é saber se o PSB vai estar na disputa pelo Governo do Estado. Um segredo bem guardado, mas que as próprias lideranças já deixam dicas. “Existe a possibilidade de termos candidato [ao Governo do Estado]. A possibilidade real de apresentar um jogo que vai mexer com a eleição. Se vai ganhar é outra coisa. Vai polarizar. Vai ter o candidato do Bolsonaro. Jorginho Mello? Beleza. Mas no segundo turno? Estamos vivendo um jogo muito forte que se apresenta esse espaço”, destaca Brezola.

O próprio presidente estadual do partido – lembrado como nome mais forte para uma disputa ao Governo do Estado – admite a possibilidade de que a sigla esteja na briga pelo posto máximo de Santa Catarina. “Não descarto ser pré-candidato ao governo do estado em 2022. Esse não é o meu foco no momento, eu gostaria de alguém com um perfil mais jovial. Mas, se for necessário, eu vou. Tenho ideias e valores bem definidos e que convergem com os do partido”, completa Vignatti.

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