Cocal do Sul
A Coopercocal apresentou na noite dessa quinta-feira, em um evento direcionado a empresários associados, no auditório da cooperativa, o projeto da linha de transmissão 69KV. Nele, a energia a ser distribuída será desconectada da Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) e partirá diretamente da Eletrosul. A mudança gerará uma economia de aproximadamente R$ 7 milhões por ano na tarifa dos consumidores e evitará que a demanda da cooperativa, em franca ascensão, fique desassistida.
“A linha de transmissão é o que vai suprir a nossa subestação. Hoje nós somos atendidos pela Celesc com uma rede bem antiga, de aproximadamente 50 anos, que não suporta mais uma carga de uma média ou grande empresa para daqui a quatro anos. Por isso sentimos essa necessidade, vendo o crescimento do município e a migração das empresas, com os empresários investindo cada vez mais aqui. Para que esses investimentos aconteçam, é preciso ter energia, tanto na quantidade, como na qualidade e no preço. Essa é a visão que nós temos em fazer essa linha de transmissão, conectando lá na subestação de Siderópolis, na rede base da Eletrosul, para suprir as nossas necessidades”, explica Altair Lorival de Melo, o Belha, presidente da Coopercocal.
O projeto terá um investimento de aproximadamente R$ 15 milhões e o prazo final para ser concluído até o final de março de 2023. O início da obra depende apenas de um licenciamento expedido pelo Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA). “Com o fato de nós nos desconectarmos da Celesc e conectarmos na rede base da Eletrosul, nós teremos um desconto de uma fatura de R$ 7 milhões, valor que será destinado à tarifa do nosso associado, para baratear ainda mais o preço das tarifas. Para o empresário, principalmente, isso é muito bom, impactando no produto final dele. O nosso prazo para conectar é 31 de março de 2023 e eu acredito que ainda nesse mês nós daremos início às obras, quando as últimas licenças ambientais saírem”, detalha.
A oportunidade foi encarada como única pela diretoria da Coopercocal. O investimento é tido como essencial para evitar que os consumidores sofram com ‘apagões’ no futuro. “Tem um custo alto, mas é um custo necessário. Se essa linha não estiver conectada até 2023, nós vamos perder o prazo e a nossa única saída, porque no nosso entorno, aqui no Sul, não há outra disponibilidade como essa. A sobrevida da Coopercocal e das empresas instaladas na nossa área de atuação depende dessa linha”, destaca Belha. “Em oito anos, nossa demanda aumentou em 100%. Em mais quatro anos, projetamos um crescimento de 30% a 50%. A energia que nós temos hoje, com a nossa supridora, não será a suficiente para nos atender. Principalmente levando em conta o preço e a quantidade de energia. As empresas, ao invés de migrarem para dentro do município, sairão para outros lugares por não termos qualidade e quantidade de energia”, complementa ele.
A matéria completa você confere na edição conjunta do Jornal Tribuna de Notícias deste final de semana