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quarta-feira, maio 8, 2024

Treviso: PIB é um dos maiores de Santa Catarina

Treviso

A economia de Treviso está completamente ligada ao ramo da mineração do carvão, quase 100% dos empregos, renda e riqueza do município é oriunda de algumas minas que com o passar do tempo começaram a se instalar no município. Hoje a riqueza do município se dá por meio da mineração, com 92%, seguido pela agricultura, que representa 7%, e 1% oriundo de outros setores, como do próprio comércio. “Basicamente, se a gente detalhar um pouco mais, será 90% carvão, 3 a 4% de energia elétrica que é consumida pela mina de carvão. É tudo muito direcionado nessa cultura. O restante tem pouco significado. Os demais setores representam pouco para a economia”, comenta o coordenador econômico da Associação dos Municípios da Região Carbonífera (Amrec), Ailson Piva.

É a presença de mineradoras na cidade que faz com que seu Produto Interno Bruto (PIB) per capita, seja um dos maiores do estado de Santa Catarina. Conforme Piva, esse número é importante para a cidade. “O PIB per capita, como tratamos, é a riqueza do município dividida pelo número de moradores, o que faz com que Treviso se destaque mesmo sendo um município pequeno. “A cidade tem um dos maiores PIBs porque tem pouca população e um PIB muito alto por conta das minas de carvão. Então, é uma das maiores rendas per capitas, de Santa Catarina”, explica.

De acordo com Piva, o carvão é referência para a cidade. “Tudo é vendido para a Tractebel para gerar energia. O problema de Treviso, a maior preocupação, é com a possível extinção da Jorge Lacerda. Treviso quebraria. As minas ali também tem tempo de extração”, enfatiza.

O ideal, segundo o coordenador, é criar um plano econômico alternativo. “O carvão vai ser rentável, na cidade, por mais uns oito ou nove anos, depois a extração deixa de existir ali. Então, tem que criar um plano alternativo econômico para ter uma saída econômica quando o carvão acabar”, pontua.

Agricultura pode ser uma alternativa

Mas, sabendo que a mineração está ‘com os dias contados’, o município busca se reinventar, afirma Piva. “O problema é que a cidade não tem uma área plana. Por isso, fica difícil para a agricultura. A cidade é perto da encosta, muito fria. Teria que achar uma solução no leite, por exemplo, com o gado leiteiro ou no gado de corte. Hoje, isso representa muito pouco”, adverte.

Piva alerta para o planejamento que é necessário aos dirigentes públicos. “Pode acontecer com Treviso, o que aconteceu com Morro Grande. Quando saiu a JBS, ele caiu de terceiro ou quarto município para último dos 15 na Amesc. Perdeu 80% da renda. Isso pode acontecer com Treviso”, ressalta.

Outra aposta para a economia é o turismo. “É um setor de serviços que dá um retorno baixo para os cofres públicos. Ele movimenta a economia local: gera emprego, as pessoas compram no mercado, mas o retorno econômico do turismo é pequeno. A gente vê poucos municípios investindo no turismo”, finaliza.

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