A Santur (Agência de Desenvolvimento do Turismo em Santa Catarina) deve enviar nesta sexta-feira (12) uma carta para a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) manifestando o interesse da abertura das fronteiras terrestres de Santa Catarina com a Argentina. O acesso foi interrompido em razão da pandemia da Covid-19.
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O objetivo é facilitar o ingresso de argentinos e de uruguaios durante a temporada de verão 2021/2022. A decisão final é do Ministério da Saúde e, por conta disso, o objetivo da agência de turismo catarinense é que a Anvisa recomende a abertura ao ministério.
Na semana passada, a Santur teve uma reunião com a Anvisa e se manifestou pela abertura integral das fronteiras terrestres, principalmente, em Dionísio Cerqueira. De acordo com a assessoria de imprensa da Santur, o documento enviado à Anvisa terá o cenário epidemiológico do Estado e a relevância dos turistas estrangeiros para a economia catarinense, principalmente, dos argentinos.
A intenção é que a fronteira seja liberada com as mesmas regras para os argentinos que entrem ao Brasil e vice-versa. A carta também defenderá a manutenção das regras sanitárias e protocolos previstos no Estado, como o uso de máscaras, por exemplo.
O pedido também foi feito pelo senador Jorginho Mello (PL) no início desta semana, em reunião com os ministérios da Saúde e Turismo. Conforme o senador, uma nova portaria será publicada em até sete dias alterando a de nº 658, publicada em outubro de 2021. A decisão foi tomada levando em conta, entre outros pontos, a diminuição da taxa de contágio do coronavírus no Brasil e o avanço da vacinação da população.
Dados do turismo
Segundo o anuário estatístico do Ministério do Turismo, Santa Catarina teve 200 mil turistas estrangeiros, em 2019 (antes da pandemia), por todos os modais (terrestre, aéreo e aquaviário). Desse total, 160 mil foram de visitantes da Argentina e, dentro desse número, 30% chegaram ao Brasil pelas rodovias.
A coordenadora da Regional Sul da Embratur, Júlia Pedroso Zanatta, também destacou a importância da abertura das fronteiras terrestres, especialmente, para Santa Catarina. Ela lembrou que a Portaria 658, em seu artigo 4º, proíbe a entrada de estrangeiros pelas fronteiras terrestres, com exceção aos paraguaios.
“A portaria impacta diretamente o nosso turismo. Isso porque o turista do Mercosul costuma a ficar pelo período de 15 dias, em média. O turismo perdeu 1 milhão de empregos em todo o Brasil pela pandemia e o prejuízo total foi de R$ 376 bilhões. Só para exemplificar, um hotel de Florianópolis que normalmente tem ocupação próxima dos 100% no verão, na última temporada não passou dos 30%. Isso é um prejuízo para a sociedade catarinense como um todo”, anotou Júlia Zanatta.
*Via ND+
