Estados Unidos deixam de usar vacinas de primeira geração contra a Covid

Agência reguladora determinou que somente imunizantes bivalentes da Pfizer e da Moderna sejam aplicados a partir de agora

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Os Estados Unidos vão usar somente as vacinas contra a Covid-19 de segunda geração (bivalentes), da Pfizer e da Moderna, a partir de agora. Os imunizantes de primeira geração, que continuam a ser aplicados na maior parte do mundo, inclusive no Brasil, não estão mais autorizados, informou nesta terça-feira (18) a FDA (agência reguladora de medicamentos do país).

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As vacinas bivalentes poderão ser administrada a todos os indivíduos acima de 6 meses, para esquema primário ou reforço.

A agência ainda autorizou um segundo reforço com a vacina bivalente para idosos acima de 65 anos e pessoas imunocomprometidas.

Os especialistas entendem que, por mais atualizadas que essas vacinas estejam, esses são grupos que sofrem com uma diminuição da imunidade ao longo do tempo e requerem uma frequência maior de reforços.

“Já existem evidências de que a maioria da população dos EUA com 5 anos ou mais possui anticorpos contra o Sars-CoV-2, o vírus que causa a Covid-19, seja por vacinação, seja por infecção, o que pode servir como base para a proteção fornecida pela vacinas bivalentes”, justificou o diretor do Centro da FDA para Avaliação e Pesquisa Biológica, Peter Marks.

Ele acrescentou que “a Covid-19 continua a ser um risco muito real para muitas pessoas, e nós encorajamos as pessoas a considerarem manter-se atualizadas com a vacinação, inclusive com uma vacina bivalente contra a Covid-19. Os dados disponíveis continuam a demonstrar que as vacinas previnem os resultados mais graves da Covid-19”.

No Brasil, a única vacina bivalente aprovada é a da Pfizer, destinada somente como reforço em grupos específicos.

Um adulto abaixo de 39 anos, por exemplo, que completou o esquema primário (duas doses) e vai a um posto de saúde tomar um reforço, receberá possivelmente uma dose da Pfizer monovalente.

As vacinas

Todos os imunizantes de primeira geração foram desenvolvidos a partir da cepa do coronavírus identificada em Wuhan (China).

Embora eles tenham se mostrado cruciais para prevenir um grande número de casos graves, hospitalizações e mortes, já não conseguem evitar, na maioria das vezes, que uma pessoa seja infectada, dadas as mutações do vírus.

Pfizer e Moderna desenvolveram, então, imunizantes que contêm antígenos da cepa de Wuhan e também da Ômicron, cujas subvariantes são as que predominaram de um ano para cá. Por haver essa dupla proteção, ela é chamada de bivalente.

 *Via R7