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Criciúma
quinta-feira, abril 18, 2024

Liberação de máscara para crianças divide opiniões em Criciúma

Gustavo Milioli

Criciúma

A decisão do Governo do Estado de desobrigar o uso de máscaras para crianças de seis a 12 anos fez ressurgir discussões sobre a proteção facial. Enquanto profissionais da Saúde e da Educação estão receosos com a transmissão do coronavírus dentro das escolas, alguns pais se veem mais aliviados com a liberação.

O decreto estadual foi publicado na noite de quarta-feira, 2. O texto declara que a utilização do utensílio é dispensável no transporte coletivo, escolas, ambientes fechados e abertos, com a definição ficando a critério dos responsáveis pela criança de 12 anos ou menos.

Ainda é previsto no decreto que não se anulam as demais recomendações do uso de máscaras em vigência, inclusive em ambientes externos. “O disposto no caput deste artigo não exclui a recomendação da Secretaria de Estado da Saúde (SES) quanto à utilização de máscara de proteção individual, por todos os públicos, em ambientes fechados e também em ambientes abertos onde haja aglomeração de pessoas”, diz um trecho.

Sinte se mostra veementemente contrário à medida

O Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Santa Catarina (Sinte/SC) publicou um manifesto expressando-se de maneira aversiva ao decreto do Governo do Estado. O órgão classificou a medida como perigosa, já que a máscara é uma das proteções na prevenção ao coronavírus.

“A medida chega 15 dias depois de o próprio governo divulgar em seu site oficial o aumento em 400% de crianças internadas em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) por Covid-19”, contesta a nota. O Sinte/SC mostrou preocupação com a saúde das crianças. “O decreto não tem embasamento científico, é criticado por vários especialistas e apenas surfa em pensamentos negacionistas de políticos que desconhecem a realidade de dentro de uma sala de aula. Com apenas 28% das crianças catarinenses imunizadas com a primeira dose da vacina contra a Covid-19, a medida coloca em risco toda a comunidade escolar e expõe ainda mais às crianças ao coronavírus”, afirma.

Na parte final, o sindicato fez ataques ao governador Carlos Moisés. “Liberar o uso de máscaras é mais uma demonstração do Governo Moisés ao descaso com a vida dos catarinenses e com a saúde dos trabalhadores na educação. Demonstra a ânsia do governador em focar em seus projetos políticos pessoais e tomar medidas que agradam grupos conservadores que tentaram, desde o início da pandemia, relativizar a Covid-19 e seus reflexos na saúde da população”, encerra.

A reportagem completa sobre o assunto, com opiniões de especialistas e de pais, você confere na edição desta sexta-feira do TN.

 

 

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