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terça-feira, abril 23, 2024

Interrogatório de dono de oficina que alterou BMW é adiado

Delegado responsável pelo caso e defesa de dono da oficina pediram o adiamento do interrogatório marcado para esta semana; jovens morreram em BMW por intoxicação de monóxido de carbono

Foi adiado sem nova data prevista o interrogatório do empresário dono da oficina responsável pela alteração na BMW 320i, onde quatro jovens morreram no último dia 1° de janeiro, em Balneário Camboriú.

Tanto a defesa do empresário quanto o delegado Vicente de Assis Mesquita Soares pediram o adiamento do interrogatório. Vicente espera o anexo de alguns laudos periciais ao processo. Já a defesa pediu o inquérito policial. O interrogatório estava marcado para a última segunda-feira (15).

De acordo com David Soares, advogado do dono da oficina, o estabelecimento terceiriza muitos de seus serviços, ou seja, nem tudo é feito diretamente pelos colaboradores. Este teria sido o caso das modificações na BMW.

“A última vez que atendeu ao cliente do caso foi a mais de sete meses”, continua o advogado. “Pedi formalmente o cancelamento da oitiva para tomar conhecimento dos autos do inquérito, da perícia”, complementa.

O pedido do adiamento da audiência seria para analisar a relação da perícia com o trabalho feito na BMW, visto que foi um serviço realizado a mais de sete meses. Além da terceirização, a defesa também trabalha com a relação, ou não, das alterações em Goiás com o acidente.

Funcionários de oficina podem responder por homicídios em BMW

O carro não foi customizado somente em Aparecida de Goiânia (GO), tendo passado por outras oficinas. Um dos argumentos de defesa é o tempo da modificação com o acidente, relativamente longo.

O dono da oficina de Aparecida de Goiânia já havia sido ouvido como testemunha, agora, ele passa a ser “interrogado” e pode responder por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.

Já a defesa da oficina alega que as modificações foram feitas por uma equipe terceirizada, mas com competência para o trabalho.

A causa das mortes já foi confirmada pela guarnição: eles foram intoxicados por monóxido de carbono, que vazou para dentro do veículo. Esse incidente pode ter sido contribuído pelas customizações, que mexeram no escapamento do motor e teriam impedido que o gás fosse disperso.

A defesa reitera que a oficina, cujo nome está em sigilo, tem experiência e a segurança necessária para realizar os procedimentos. “É uma empresa com mais de 11 anos de mercado”, pontua David.

*Via ND+

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