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quinta-feira, abril 25, 2024

Banhistas devem evitar o mar e água doce após as refeições

Incidentes neste verão fizeram com que as vítimas expelissem comida após terem se afogado

Criciúma
José Adílio
cidades@tnsul.com

As velhas e tradicionais recomendações de família para que não se tome banho após as refeições estão valendo, principalmente para quem for tomar banho de mar, piscina, rios e açudes. O Corpo de Bombeiros de Santa Catarina também fez a mesma orientação antes do início da temporada de verão. A recomendação médica também é para se ter cuidado após as refeições e evitar fazer esforços físicos.

“A maior parte dos acidentes em ambientes aquáticos ocorrem com pessoas que superestimam suas capacidades ou não sabem como agir quando se deparam com alguma situação de perigo”, afirma o coronel Aldrin Silva de Souza, comandante da 1º Região Bombeiro Militar, área responsável pelo litoral catarinense, que concentra maior parte da Operação Veraneio.

Além de evitar entrar na água após uma refeição ou ingestão de bebida alcoólica, o Corpo de Bombeiros ainda recomenda para as pessoas, quando irem a praia, buscarem lugares que são guarnecidos pelos guarda-vidas. “Fique atento à sinalização dos postos, em que bandeira vermelha significa alto risco de afogamento, bandeira amarela, médio risco de afogamento, bandeira verde, baixo risco de afogamento. Há ainda a bandeira lilás, que indica presença de água-viva e a bandeira preta, que indica que aquele posto está desativado”, explica o comandante.

Casos

Cada vez mais estas recomendações estão em alta devido as mortes por afogamento ocorrido no começo desta temporada de verão. No mês de dezembro, tivemos uma morte por afogamento na praia de Balneário Arroio do Silva, onde o cunhado da vítima, que estava pescando com ele, informou que o homem havia ingerido bebidas alcóolicas antes de entrar no mar.

Também em Morro da Fumaça foi registrada uma morte por afogamento em uma piscina, onde a vítima expeliu muita comida após ter se afogado. Mesma situação foi constatada no afogamento de um criciumense na Prainha do Farol de Santa Marta, que após ter se afogado no mar, também acabou expelindo muita comida. O criciumense não resistiu e veio a óbito.

Ditado antigo está correto

Outro problema apontado pelo médico causado por esforços no momento da digestão é respiratório. “Se for fazer um exercício com o estômago cheio, porque quando o abdômen está cheio, o estômago está cheio, ele ocupa maior espaço no corpo humano, e com isso, ele reduz o espaço para o pulmão. Então, se a pessoa é um asmático, se a pessoa tem um enfisema, ele vai ter menos espaço para respirar, porque o espaço físico está tomado pelo estômago, pelo aumento do volume do abdômen devido à ingestão do alimento, tanto no estômago, quanto no intestino”, completa.

Pelas colocações do médico pode-se observar que realmente não é recomendado entrar na água após as refeições. Os antigos falavam que fazia mal até tomar um banho após a refeição. “Basicamente é isso, que inclusive antigamente, quando isso acontecia, se a pessoa tomava um banho logo depois ou ia para o mar, fazia exercício, quando passava mal se chamava de congestão. Congestão são reações vago-vagais, que é um sistema nervoso autônomo ocasionado exatamente por isso. Por não estar o cérebro em condições de absorver as coisas”, conclui o médico.

Sintomas da congestão alimentar:

– Sensação de inchaço na barriga;
– Sensação de queimação no estômago;
– Náuseas;
– Gases;
– Tontura;
– Arrotos em excesso;
– Desconforto abdominal;
– Vômito;
– Palidez ou fraqueza.
– Quando algum desses sintomas aparecerem, a atividade que estiver sendo realizada deve ser interrompida imediatamente, para que, aos poucos, o organismo vá retomando e continuando o processo digestivo, aliviando os sintomas.

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