19.2 C
Criciúma
sexta-feira, março 29, 2024

Animal ameaçado de extinção no Brasil morre atropelado em Criciúma

Vitor Bastos, biólogo de Criciúma, afirma que há apenas um registro fotográfico da espécie no município

Um jaguarundi morreu atropelado no Morro Albino, em Criciúma, no Sul de SC, nessa quinta-feira (19). Segundo o biólogo do Departamento Municipal do Meio Ambiente, Vitor Bastos, esse é um dos animais mais raros identificados no município e é considerado ameaçado de extinção no Brasil.

Animal foi atropelado na quinta-feira (19). – Foto: Vitor Bastos/ Faunativa Criciumense

“Hoje [quinta-feira] é um dia bem triste. Um dos mais tristes para mim como biólogo e pesquisador em Criciúma. Estou no Morro Albino, uma área que teve o único registro fotográfico de jaguarundi”, disse Bastos em um vídeo publicado página Faunativa Criciumense no Instagram.

O primeiro e único registro fotográfico do jaguarundi em Criciúma foi feito em 2019 num local próximo ao atropelamento. Conforme o biólogo, o animal que morreu não é o mesmo que foi fotografado. “Possivelmente, é um filhote daquele”, afirmou na publicação.

Registro de jaguarundi há três anos em Criciúma. – Foto: Vitor Bastos/ Faunativa Criciumense

Ao ND+, o biólogo ressaltou que uma lombada deve ser colocada no local para evitar outros atropelamentos. “Essa espécie gosta de transitar entre áreas mais abertas como em plantações de bananas e eucaliptos”, acrescenta. Esse foi o local em que o animal foi encontrado.

Nessa região, inclusive, espécies como gato-maracajá, cachorro-do-mato, gambá e ouriço já foram encontradas mortas por atropelamentos.

Sobre o animal

Com a cabeça pequena e achatada, o jaguarundi, que também é conhecido por gato-mourisco, gato-preto e gato-vermelho, é um mamífero carnívoro com aparência distinta. Ele possui pernas curtas e uma cauda longa, além de orelhas arredondadas.

Ainda conforme o biólogo de Criciúma, a espécie vive em todo o Brasil, porem, é relativamente rara no Sul de Santa Catarina. “Tenho poucos registros em toda essa região”, detalha. “Também coletei fezes do jaguarundi em Cocal do Sul no limite com Criciúma”, finaliza.

*Via ND+

Últimas