Vereadora de Criciúma sofre ameaça de morte

“Vou acabar com a tua vida”, diz um dos trechos do e-mail enviado às parlamentares Maria Tereza Capra (PT) de São Miguel do Oeste, que teve o mandato cassado na noite de sexta-feira, dia 3, além da vereadora de Joinville, Ana Lúcia Martins

Foto: Divulgação

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A vereadora de Criciúma Giovana Mondardo recebeu ameaça de morte nesta semana via e-mail.  “Vou acabar com a tua vida”, diz um dos trechos do e-mail enviado às parlamentares Maria Tereza Capra (PT) de São Miguel do Oeste, que teve o mandato cassado na noite de sexta-feira, dia 3, além da vereadora de Joinville, Ana Lúcia Martins, primeira mulher negra a ser eleita para o cargo, além do presidente do PDT-SC, Manoel Dias.

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Para Giovana, o correio eletrônico que tem assinatura do vereador Vanirto Conrad, de São Miguel do Oeste, cita palavras vulgares, citando o episódio de São Miguel do Oeste e também atentados contra a vida do ministro Flávio Dino, presidente Lula e Alexandre de Moraes.

A violência de gênero contra as três vereadoras tomou boa parte do e-mail, que por finalização tem a frase “A vitória virá e iremos matar você”. Com a ameaça, Giovana irá entrar também no Programa de Proteção do Ministério dos Direitos Humanos, em que as demais parlamentares citadas também já se encontram.

Histórico

Durante sua carreira política, Giovana já sofreu com notícias falsas desde a pré-campanha à vereadora em 2020, o que também aconteceu já no primeiro dia de mandato, no ano de 2021. Além de a difamarem nas redes sociais, informações particulares foram vazadas em grupos de trocas de mensagens instantâneas, não se tornando a primeira situação que a vereadora tem que se manifestar contra mentiras.

Em 2022, lançou-se candidata a deputada federal, conquistando 38.862 votos, se tornando segunda suplente. Porém, após o pleito eleitoral do ano passado, os ataques se tornaram mais fortes, culminando na ameaça de morte, que chegou na última sexta-feira, dia 3 de fevereiro.

Pedido de cassação

Após o termino do segundo turno, com revolta da ala do ex-presidente Jair Bolsonaro, em que muitos tumultuaram São Miguel do Oeste com gestos alusivos ao nazismo, a vereadora criciumense criticou o fato nas suas redes sociais – acompanhadas por mais de 23 mil pessoas. A publicação viralizou e fez com que dois assessores parlamentares da Câmara de Vereadores de Criciúma, protocolassem um pedido de cassação no dia 7 de novembro.

Na alegação, os dois assessores parlamentares citaram “falta de decoro parlamentar” da vereadora ao compartilhar tal vídeo em suas redes. Os vereadores de Criciúma se reuniram e decidiram arquivar o pedido na sessão ordinária realizada no dia seguinte, em que por unanimidade, o pedido de cassação foi arquivado.

 

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