
Tiago Monte
Içara
A eleição para o Conselho de Administração, Conselho Fiscal e delegados da Cooperativa Aliança (Cooperaliança) acontece neste sábado, dia 28 de janeiro, das 8h às 17h. As votações serão realizadas nas salas de aula e no ginásio da Escola Estadual Professora Salete Scotti dos Santos. “Serão 25 urnas e não temos espaço hábil para fazer apenas nas salas”, explica Ivanir Pacheco, presidente da Comissão Eleitoral.
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São 49.631 associados aptos a votar. Para exercer direito de voto, o associado deverá apresentar documento com foto que o identifique e estar rigorosamente em dia com as obrigações junto à Cooperativa. “Em caso de pessoa física, os associados precisam estar munidos de documento com foto, que possam identificá-los. No caso de pessoa jurídica, com CNPJ, precisa do contrato social da empresa para comprovação do representante. No caso de entidades, como igrejas, precisa da ata de posse, em virtude da alternância de poder”, explica Ivanir.
Quem está com alguma fatura atrasada, precisa saldar os débitos até sexta-feira, dia 27. “Se tiver uma fatura em atraso, o pagamento deve acontecer até sexta-feira, dia 27, e apresentar o comprovante junto, na secretaria, para estar apto a votar. Isso porque o sistema não é on-line e só vai retornar o arquivo na segunda-feira. No sábado, não há expediente bancário. Quem pagar no sábado, não terá direito a voto”, esclarece Ivanir.
Resultado deve sair até às 19 horas
A votação é realizada através de cédulas. Assim, a previsão é que o resultado saia até às 19 horas de sábado. “O escrutínio é manual, não é votação eletrônica, então pode haver alguma intercorrência, o que é algo normal do processo. Teremos fiscais das duas chapas acompanhando. Mas, normalmente, a apuração leva de 1h a 1h30. Então, para garantir, às 19 horas de sábado devemos ter resultado”, destaca.
A previsão do tempo indica bastante calor para sábado, dia 28, por isso, haverá distribuição de água aos eleitores. “Vai ter distribuição de água para os eleitores, pois a previsão do tempo indica bastante sol e calor para sábado”, confirma Ivanir.
Foram confirmadas duas candidaturas: na Chapa 1, Reginaldo de Jesus, o Dedê, irá para a reeleição, com Paulo da Silva como vice, enquanto Everaldo Rosso desponta como opositor, na Chapa 2, com Marcon na posição de vice-presidente.
Em busca da continuidade nos projetos
Atual presidente, Dedê exalta os bons resultados obtidos na atual gestão – a primeira dele. Eleito em 2019, ele destaca a saúde financeira da empresa. “O resultado mais do que triplicou. A saúde financeira da empresa está plena, os projetos sociais são muitos e estamos investindo muito nisso em Içara, Rincão, Jaguaruna e um pedacinho de Araranguá. A gente entende que isso nos motiva à reeleição. Lógico que precisamos trocar alguns conselheiros, porque o estatuto obriga a trocar, mas a chapa vai manter o mesmo perfil que deu resultado nestes quatro anos”, pontua.
O presidente ressalta a importância de seguir de olho no mercado de energia. “A compra de energia é que proporciona uma tarifa baixa, um pouco mais justa. Eu sempre digo que a energia no Brasil é cara, não apenas para a Cooperaliança, mas pegamos a empresa com a quinta tarifa mais cara do Brasil e deixamos entre as 25 mais baratas do país. Isso está no ranking da Aneel”, ressalta.
Dedê enfatiza que a continuidade é necessária para que projetos maiores sejam desenvolvidos. “Essa é a oportunidade que eu estou pedindo ao associado para continuarmos os projetos que estão em andamento. Ou seja, precisamos ainda, nos próximos dois ou três anos, melhorar praticamente toda a rede rural. Substituir tudo. Vamos colocar uma rede mais moderna, com cabeamento mais grosso, porque, em épocas de vendavais, as árvores batem na rede e falta energia, queima equipamento. Nós vamos investir e temos um programa para a rede rural toda nova”, diz.
Necessidade de mudança na gestão
Por outro lado, Everaldo Rosso se apresenta com uma alternativa democrática ao posto de presidente da Cooperaliança. “O movimento em si, a chapa, nasceu naturalmente, em conversas entre associados de diversos setores e segmentos da cidade, que fazem algumas observações, em relação ao modelo de gestão. Essas pessoas entendem que deveríamos ter uma possibilidade de escolha, no sentido de ofertar para a sociedade, e para os associados, um poder de escolha. É um projeto que não é pessoal, nem contra ninguém. Enfim, é um projeto meramente democrático”, comenta.
Um dos pontos destacados por Everaldo é a necessidade de distribuição de lucros entre os associados. “Algumas cooperativas fazem isso entre os seus associados. Então esse é um assunto que iremos tratar com bastante cuidado e vamos buscar isso. Hoje, não é feito e é algo que as pessoas questionam na rua. Vamos levar a discussão para dentro da cooperativa e trabalhar isso”, pontua.
Everaldo também ressalta a reclamação de alguns associados sobre a falta de acesso às informações claras e simples do que acontece com a Cooperativa. ”Essas pessoas têm falado bastante, durante um determinado período, que existe a necessidade de haver um meio, um canal, onde o associado interaja com a cooperativa e de modo simples. Isso para saber quanto a cooperativa está gastando, onde está indo o dinheiro. Uma espécie de portal da transparência”, diz.
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