Criciúma: Servidores rejeitam proposta da Administração e param quinta

Projeto de Lei para a concessão do aumento dos trabalhadores já foi protocolado na Câmara de Vereadores

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Foto: NIlton Alves/TN

José Adílio
Criciúma

Em Assembleia realizada na noite de hoje, os servidores públicos municipais de Criciúma rejeitaram a proposta de 4,36% de reajuste enviada pelo prefeito Clésio Salvaro para aprovação na Câmara de Vereadores. Ainda na assembleia, os servidores aprovaram um dia de paralisação de todos os serviços públicos na quinta-feira, dia 11. Todos os encaminhamentos foram aprovados por unanimidade.

O dia foi tenso para os representantes do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Criciúma e Região (Siserp). Durante o dia, a presidente do sindicato, Jucélia Vargas tentou junto da Administração Municipal uma resposta positiva para as reivindicações dos trabalhadores, que pedem além das perdas da inflação de 4,36%, também a reposição salarial dos anos de 2020 de 3,31%, e de 2021 de 6,94%, quando os trabalhadores ficaram sem o reajuste devido a pandemia do novo coronavírus.

Outras reivindicações feitas pelos trabalhadores são o pagamento do piso do magistério, o novo piso da enfermagem e a equiparação dos salários dos psicólogos. No projeto 51/23 enviado para a Câmara de Vereadores no art. 1 diz que a remuneração dos servidores publico do município de Criciúma (inclusive o Valor de Referência de Vencimento – VRV) será reajustado em 4,36% a partir de 1º de abril de 2023, exceto professores e especialista em assunto educacionais, cujo vencimento será reajustado a partir de 1º de janeiro de 2023, nos termos do artigo 2º e 3º desta lei.

No art. 2º traz que fica extinto o cargo de professor II, nível VI, e colocado em extinção o cargo de Professor I, Nível V, previstos na Lei Complementar nº 14 de 20 de dezembro de 1999, assegurado o percentual de 5% entre o nível médio e o nível superior e de 10% para as demais ordens. Já os servidores contestaram esta alteração do plano de cargos e salários do magistério.

Outro questionamento levantado pelos servidores, que não consta no projeto enviado para a Câmara de Vereadores é o pagamento do cupom alimentação. “Eles ficaram 20 dias estudando o projeto para levar para a Câmara de Vereadores e não tiveram a hombridade de chamar os representantes do sindicato para falar o que eles estavam oferecendo”, pontua a presidente Jucélia Vargas.

Na paralisação marcada para quinta-feira, dia 11, os servidores definiram que farão uma concentração na frente do Paço Municipal. “Precisamos correr contra o tempo, pois o projeto já esta protocolado e deve ser votado na próxima semana. Se eles descontarem o dia na folha é o menor dos problemas, mas nós não podemos aceitar o que estão nos oferecendo”, disse Jucélia.