
A campanha de prevenção ao câncer do intestino, o Março Azul, ganha um reforço importante na manhã deste sábado (18) em Criciúma, no Sul do Estado. Profissionais médicos da Clinigastro e da Liga Acadêmica de Gastroenterologia da Unesc estarão na Praça Nereu Ramos para esclarecer a população sobre a necessidade de utilizar a prevenção como forma de evitar a doença que atinge 40 mil brasileiros por ano.
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O Março Azul é uma campanha liderada pela Sobed (Sociedade Brasileira de Endoscopia) em conjunto com Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP) e a Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG). Juntas, as entidades estão mobilizadas para levar informação de qualidade sobre a campanha, com ações de prevenção ao câncer colorretal.
“É importante que a população tenha conhecimento que o câncer de intestino é uma doença prevenível e de que existem métodos de rastreio para que se possa fazer exames e identificar essas possíveis lesões em estágio inicial, quando 90% dos casos tem cura”, relata a médica gastroenterologista, Gabriele Braz
Um estande será montado na Praça Nereu Ramos, o tradicional ponto de encontro dos criciumenses nas manhãs de sábado. “Vamos distribuir panfletos e conversar com a população, sugerindo mudanças no estilo de vida, dicas de alimentação saudável, como formas de prevenção do câncer”, relata Gabriele.
Doença
O câncer de intestino também é conhecido como câncer colorretal, porque engloba os tumores surgidos no intestino grosso – chamado cólon e reto, e localizado no final do intestino – e no ânus. Alguns fatores de risco estão associados à doença, em sua maioria, relacionadas à alimentação, como o consumo de alimentos ricos em gorduras saturadas, o baixo consumo de cálcio e a obesidade.
Fumar, consumir bebidas alcoólicas e histórico familiar de câncer, além de ter uma vida sedentária, são fatores de risco que podem contribuir para o aparecimento de tumores. Alguns sinais precisam ser observados, principalmente em homens ou mulheres com mais de 45 anos.
Pacientes relatam como sintomas a perda de peso sem mudanças na dieta alimentar, diarreia ou prisão de ventre frequentes, sangue nas fezes, gases ou cólicas, vômitos e náuseas, dores na região anal ou sensação de intestino cheio mesmo após evacuação. Diante dessas situações é recomendável procurar avaliação médica com brevidade.
Diagnóstico e Tratamento
Há dois exames capazes de detectar precocemente os tumores de intestino. O Teste FIT é capaz de apontar sangue nas fezes, mesmo oculto a olho nu. Já a Colonoscopia permite ao médico enxergar o interior do intestino e seu funcionamento. Ao ser diagnosticado com câncer de intestino, o médico poderá recomendar o melhor tratamento para o caso, pois poderá incluir cirurgia, quimioterapia, radioterapia e terapia biológica.
“O tratamento indicado depende do tamanho do tumor. Pode ser muito simples, com a retirada de um pólipo, por isso a importância do exame preventivo”, ressalta a médica proctologista Elisa Treptow Marques. Ou seja, quanto mais cedo iniciar o tratamento, maiores as possibilidades de cura.
E mesmo após a cura, é feito um rigoroso acompanhamento com consultas e exames para evitar ou detectar um possível retorno do câncer. O monitoramento é imprescindível para identificar o reaparecimento da doença (recidiva) de forma precoce. Para marcar o mês de conscientização e prevenção ao câncer de intestino, alguns locais em Santa Catarina serão iluminados com a cor azul. Diversas ações de conscientização estão programadas para acontecer em algumas regiões do Estado.
Saiba mais
- O câncer de intestino engloba os tumores surgidos na parte do intestino grosso chamada cólon e reto (localizada no final do intestino, antes do ânus) e no ânus;
- O câncer de intestino é o terceiro que mais mata no País;
- Hoje, a chance de uma pessoa desenvolver a doença é da ordem de 4,3%;
- O diagnóstico precoce oferece até 90% de chance de cura;
- 85% dos casos são diagnosticados em fase avançada, quando a chance de cura é menor;
- O câncer de intestino é mais comum em homens e mulheres com mais de 45 anos ou em pessoas que tenham casos na família;
- No Brasil, o câncer de intestino atinge mais de 40 mil pessoas por ano;
- O Instituto Nacional do Câncer estima 45.630 novos casos no Brasil para o triênio de 2023 a 2025;
- Segundo o Inca, o risco estimado é de 21,10 casos por 100 mil habitantes, sendo 21.970 entre homens e 23.660 casos entre mulheres;
- Em 2020, o câncer de intestino matou 20.245 pessoas, ou 9,56 por 100 mil, sendo 9.889 óbitos entre homens (9,55 mortes por 100 mil homens) e 10.356 óbitos entre mulheres (9,57 mortes por 100 mil mulheres).
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