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quarta-feira, abril 24, 2024

Empresa tinha acordo de propina em até 25% das cidades que atuava

O dono da empresa Serrana Engenharia, empresa de saneamento investigada na Operação Mensageiro, contou que das 135 cidades que a empresa possuía contrato, de 30 a 40 delas tinham acordos de propinas. O proprietário da empresa prestou depoimento nesta terça-feira, 30, em Joinville.

Ele detalhou ainda a origem dos valores pagos em propina para os prefeitos no esquema de corrupção na coleta de lixo. Os valores, segundo o empresário, vinham por meio das chamadas “notas frias”.

Ao mandar um caminhão para oficina, a empresa pedia uma segunda nota fiscal, como se outro serviço tivesse sido prestado. Eram pedidas notas de R$ 5 mil a R$ 10 mil.

Os prestadores de serviço emitiam a nota e recebiam o valor. Impostos eram descontados e os valores retornavam para empresa. O dono da Serrana explica que os prestadores não sabiam que o valor seria repassado em propina, pois acreditavam que era o pedido ocorria pra redução de impostos.

O empresário explica ainda que procurou a figura que ficou conhecida como “mensageiro” pela relação de confiança que eles tinham.

“Tinha uma confiança muito grande, um dia chamei ele, final de 2013, a partir de janeiro de 2014, comecei a não mais eu entregar [a propina], mas ele entregava, a logística era muito difícil, então convidei ele”, explicou.

*Via ND+

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