As palavras foram até evitadas ou usadas de outra maneira, mas a verdade é que o Figueirense atua, nesse momento, para não fechar as portas. Nas palavras dos integrantes da direção alvinegra, para “manter o clube operativo”.
A partir de um pedido da torcida a direção abriu as portas e uma série de reuniões envolvendo direção, representantes de organizadas, torcedores, entendeu por uma série de ações a curto-prazo para dar fluxo ao caixa do clube e devidamente operar as funções do dia-a-dia.
“Ou salvamos o Figueirense, ou o Figueirense me um futuro próximo teria uma dificuldade muito grande”, acrescentou Paulo Prisco Paraíso.
Operações em curto-prazo
A entrevista coletiva veio para, mais uma vez, convocar o seu torcedor. Conclamando “a maior torcida de Santa Catarina”, o clube prometeu uma série de medidas para reaquecer seu quadro de sócios.
De acordo com o que foi repassado, atualmente, são pouco mais de 6 mil torcedores em dia. A missão, nesse caso, é dobrar esse número. “Vamos realizar uma série de ações mercadológicas para beneficiar e atrair, de volta, os torcedores do Figueirense. Nós queremos terminar o ano com 12 mil sócios”, externou PPP.
O clube ainda disponibilizou uma plataforma para contar com a colaboração dos torcedores. Uma chave pix foi divulgada juntospelofigueira@figueirense.com.br para que os torcedores encaminhem todo o tipo de valor, para auxiliar nos procedimentos diários.
Ainda de acordo com o que foi repassado, os valores arrecadados serão todos reunidos em uma plataforma com a divulgação do que foi recebido e onde foi aplicado. Segundo Prisco Paraíso trata-se de um canal exclusivo para aplicar no futebol, única e principal atividade fim do Figueirense Futebol Clube.
Medidas
Uma série de medidas serão estipuladas como sorteio de camisas, ingressos, cadeiras e demais itens do clube. O andamento da campanha, inclui, a intenção de sortear até um carro 0km.
Entre as medidas ainda há, para o próximo dia 15, um “abraço ao estádio Orlando Scarpelli”. O movimento seria feito pelos torcedores liderados pelas organizadas e demais comunidades alvinegras.
Futebol
Para o futebol, a verdade, é que o Figueirense não deve trazer grandes novidades. Questionado sobre a situação do elenco, Paulo Prisco Paraíso falou sobre “a troca de três ou quatro jogadores do elenco”, além da manutenção da comissão técnica atual.
Para além disso, PPP explicou que maiores novidades partem “das ações de curto prazo implantadas” pelo clube. Ou, em resumo, o Figueirense está esperando pelo respaldo da sua torcida e o retorno das ações que deu início.
Salários
O clube confirmou as dificuldades para quitar os salários, sobretudo, em 2023. Enquanto a condição de recuperação extrajudicial estava em vigor, o clube vinha emparelhando e pagando seus compromissos em dia.
Segundo repassado em entrevista coletiva, a situação piorou na virada do ano, sobretudo, com a derrubada da manobra jurídica que deixou o clube sem respaldo para empréstimos e mais movimentos financeiros.
Sem falar em valores, Paulo Prisco Paraíso falou que o clube ainda deve, mas que “trabalha para devidamente regularizar todas as questões”.
Acesso à Série B
Fundamental. Essa foi a palavra usada para descrever o tamanho da missão – e de completar essa missão – por parte do Figueirense. Paulo Prisco Paraíso usou números para exemplificar essa necessidade.”
“A Série B, esse ano, paga R$ 10 milhões de fluxo de caixa por meio da TV. A Série C não paga nada. Essa é a importância de nós voltar”, explicou o presidente do Figueirense SAF.
Risco de encerramento das atividades
O Figueirense corre sério risco de encerrar suas atividades. As palavras foram trazidas, de maneira enfática, pelo presidente do Conselho de Administração do FFC Saf.
“Há risco do clube encerrar suas atividades e isso é eminente. O Figueirense não tem dinheiro para jogar a Série C, mas ele vai jogar a Série C”, revelou.
*Via ND+