
Tiago Monte
Criciúma
O ano de 2022 encerrou com 7.953 empregos criados nos 27 municípios que compõem as regiões Carbonífera (Amrec) e do Extremo Sul (Amesc). Isso é o que dizem os mais recentes dados liberados pelo Ministério da Economia, através das Estatísticas Mensais do Emprego Formal, o Novo Caged, divulgados ontem. Os destaques do ano são Criciúma, Araranguá, Içara, Orleans e Nova Veneza. “A nossa taxa de desemprego é uma das menores do Brasil. Então, a pessoa que quer trabalhar, e ainda está desempregada, é porque não entrou a ocupação que gostaria de exercer”, destaca Ailson Piva, coordenador do Movimento Econômico da Amrec.
No ano, Criciúma gerou 3.365 postos de empregos a mais, enquanto Araranguá aparece na segunda colocação com 893. Içara fecha os três primeiros lugares com 829 vagas de emprego criadas a mais em 2022. Na sequência, estão Orleans com 665 e Nova Veneza com 632 empregos postos novos de trabalho no ano passado. “Como nós já temos mais oferta de emprego do que mão de obra, nossa tendência não é melhorar, embora isso aconteça. Já existe uma oferta grande de emprego”, comenta Ailson.
Entre os municípios que perderam postos de emprego, em 2022, estão Cocal do Sul (-51) e Treviso (-10). As cidades que menos geraram vagas de trabalho, na região, são Timbé do Sul (17) e Turvo (21).
Número decepcionante no mês de dezembro
O último mês de 2022 foi de resultados ruins, na geração de novos empregos, na região. Criciúma teve 968 demissões a mais do que admissões. Em Içara, foram 203 postos de trabalho perdidos. Araranguá fecha o pódio com 194 demissões a mais. “Precisamos levar em consideração que a oferta de emprego, em nossa região, já era bem alta. Você tinha uma maior oferta de emprego do que mão de obra disponível. Quando estamos nessa situação, não tem como melhorar mais, porque tu já tens mais oferta de emprego do que pessoas procurando oportunidade. A nossa taxa de desemprego era 4 ou 3,8%”, explica Ailson.
A geração de empregos foi bem menor no final de ano passado, muito em função das incertezas geradas pelo período eleitoral no Brasil. “Na incerteza, tem muita gente que, por exemplo, contrataria 10 pessoas para um trabalho temporário, de final de ano, mas contratou só cinco, porque ele não tinha uma certeza de que as regras continuariam as mesmas, neste ano, e que ele teria clientes no final do ano. Com a mudança na política brasileira, não se tinha essa certeza.”, pondera.
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