Criciúma: Um passo pioneiro na energia

Produção de revestimentos cerâmicos de Santa Catarina vai usar biometano. Essa decisão inicia a substituição do gás natural no forno das fábricas


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Criciúma

Um acordo entre os setores cerâmico e sucroenergético, visando à paulatina substituição do gás natural pelo biometano como combustível para os fornos das fábricas, foi firmado no último dia 3. Isso significa passo pioneiro para a Transição Energética Sustentável.

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O projeto entra, de imediato, na fase de implementação, com previsão de funcionamento operacional no início de 2025. Em princípio, o uso deverá chegar à proporção de 5% do consumo energético das indústrias participantes. Até 2030, a expectativa é de que o volume possa alcançar 50% do consumo do setor. “Ainda é um volume pequeno que está sendo contratado. O total é de 40 mil metros cúbicos por mês, isso não chega a 5% do total que se consome aqui na região, mas o sinal que as indústrias daqui dão ao mercado é que estão dispostas a buscar uma alternativa para reduzir os gases de efeito estufa e aumentar a sustentabilidade”, diz Otmar Müller, integrante do Sindicato das Indústrias de Cerâmica (Sindiceram).

Segundo Otmar, será uma segunda revolução. “Tal como a ocorrida quando implantamos o gás natural”, diz. Ele destaca que a qualidade e a produção da indústria cerâmica serão mantidas. “Isso tem um aspecto positivo e que mostra o caminho para uma transição energética. Vamos para um caminho de menor emissão de gás, que impacta no efeito estufa”, pontua.

Na opinião de Flavio Castellari, diretor-executivo do Arranjo Produtivo Local do Álcool (Apla), o setor cerâmico e a sociedade têm a ganhar com essa transição energética. “A escolha do setor por uma fonte de energia de baixo carbono é um passo importante para o futuro sustentável. A preocupação ambiental, com a saúde da população, a sustentabilidade e a aposta em energias renováveis, é o caminho exemplar que o setor sucroenergético vem trilhando em todo o mundo, e o Brasil já é considerado um modelo de sucesso”, disse.

Transporte por gasodutos catarinenses

São signatárias do documento as seguintes entidades: Anfacer (Associação Nacional dos Fabricantes), Sindiceram, Aspacer (Associação Paulista de Cerâmicas) Apla,  Geo Tech e do Senai Nacional, parceiros tecnológicos no projeto. A SCGAS e Comgas, através dos gasodutos, farão o transporte do biometano.

Aderiram ao projeto as marcas catarinenses Angelgres, Ceusa, Eliane, Elizabeth, Gabriela, Pisoforte, Portinari e Portobello, e os supridores de insumos Colorminas, Esmaglass, Esmalticeram e Torrecid.

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