A empresária Tânia Zapelline Ribeiro, de 56 anos, voltará, nesta terça-feira (17), a ser julgada pelo Tribunal de Júri da Comarca de Florianópolis. Ela é acusada de matar o marido, o coronel da PMSC (Polícia Militar de Santa Catarina), Silvio Gomes Ribeiro. Ele foi assassinado em 2019, no bairro Estreito, vítima de um golpe de halter de academia desferido pela empresária — a ré confessou o crime.
Tânia foi absolvida pelo assassinato em agosto de 2021, mas o júri acabou anulado pelo TJSC (Tribunal de Justiça de Santa Catarina) em 4 de agosto de 2022.
Os desembargadores entenderam que “há existência provas contrárias nos autos hábeis para afastar a hipótese de clemência”. Ou seja, os jurados não teriam levado em conta as provas técnicas. O recurso foi apresentado pelo MPSC (Ministério Público de Santa Catarina), também autor da ação penal.
O novo júri está previsto para começar a partir das 9h. A sessão é pública e os jurados não serão os mesmos do primeiro julgamento.
Cláudio Dalledone, advogado de Tânia, afirmou que a decisão do TJSC em anular a absolvição “não levou em conta a soberania do júri”.
“O juiz natural da causa é o povo. Vamos demonstrar todo o terror que essa mulher sofreu na mão desse coronel. Ele construiu uma assassina por uma relação abusiva e tóxica. Levamos elementos aos autos que demostram isso de forma clara, mas infelizmente a soberania do povo não foi respeitada”, completou o advogado ao ND+.
Empresária responde em liberdade; relembre o caso
Tânia Zapelline Ribeiro foi presa em 23 de maio de 2019. Ela é acusada de matar o marido com um peso de academia, segundo investigação policial. Em seguida, a empresária ainda fez cortes no pulso e no pescoço do marido, com o objetivo de simular um suicídio. A ré alega que o crime foi motivado pelo relacionamento conturbado e ameaças que sofria.
O MPSC denunciou Tânia por homicídio duplamente qualificado pela utilização de meio cruel e por ter sido praticado de forma a dificultar a defesa da vítima.
Tânia esteve presa desde o dia do crime até 6 de agosto de 2021, quando foi absolvida. Ela aguarda a decisão do novo júri em liberdade, em Massaranduba, onde atualmente mora.
*Via ND+