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terça-feira, outubro 3, 2023

Acabou a mamata

Foi assim, em um vídeo no início da noite, que o secretário Arleu da Silveira (PSDB, ainda) incorporou o estilo Clésio Salvaro (PSD) para comemorar a aprovação do substitutivo ao PE 94/2023. Nele, a prefeitura se desobriga de pagar salários de até quatro servidores cedidos ao sindicato da categoria. “Ajudei a construir esse projeto do Sindicato, quatro servidores recebiam mais de meio milhão por ano. Prefeito mandou, maioria votou favorável. Acabou a mamata, tá na hora de começar a trabalhar”, disparou.

Essa fala colocou de vez Arleu no jogo. Ele veste o salvarismo na métrica mais extrema: a do discurso agudo. Nos bastidores, o Paço deve a conquista ao desempenho de Toninho da Imbralit (PSDB). O líder do governo achou o discurso que nem Salvaro havia encontrado para alinhar a maioria na Câmara: “muito sindicato que veio aqui protestar paga os seus dirigentes”. Ele citou até um exemplo: “o Itaci de Sá é pago pelo sindicato que eu sou filiado”. “Se o sindicalista é pago pelo patrão, ele defende quem? O patrão? Nesse caso, o sindicalista é pago pelo cidadão”, completou, apelando para o argumento fatal.

Em único contraponto, a vereadora Giovana Mondardo (PCdoB) apontou a injustiça do projeto pois ele decreta “o fim da representação sindical” e que vai servir de “mal exemplo para a região”. “Votarei contrária, sem medo da opinião pública”, destacou, provocando alguns de seus colegas em plenário. Além dela, votou contra o vereador Zairo Casagrande (PDT). Os demais 15 foram a favor. Uma coisa é certa: Salvaro cria jurisprudência nacional, dá palanque ao seu pupilo Arleu e, de quebra, patrolou os trabalhadores.

A coluna completa de Denis Luciano está na edição desta quarta-feira, dia 30, do jornal impresso Tribuna de Notícias. Ligue para 48 3478-2900 e garanta sua assinatura. Não perca nada sobre a política regional.

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