Os preços dos serviços funerários correm o risco de uma disparada a partir de 18 de agosto em Criciúma. Nessa data, entra em vigor a nova central funerária, que passa a ser conduzida por quatro empresas contratadas via edital, e não mais as seis que vinham operando o sistema. E a razão para a previsão pessimista é simples: para assumir o serviço, cada uma das 15 concorrentes precisou oferecer um valor de outorga, a oferta de um montante que premiou as quatro somas mais altas com o contrato de cinco anos para cada explorar o serviço fúnebre por cinco anos. A primeira colocada ofereceu R$ 1,9 milhão, com as subsequentes baixando R$ 100 mil. Esses R$ 7 milhões já estão nos cofres da prefeitura. Nos cálculos de um dos empresários que atualmente opera no segmento na cidade, os novos prestadores não poderão baixar de R$ 10 mil por sepultamento, sob risco de não cobrir o investimento. Nisso levando-se em conta a média mensal de 71 óbitos calculada pelo próprio Município. Um dos argumentos do governo para lançar licitação nesses moldes era a busca da melhoria da prestação de serviço. Ocorre que evidências apontam que será justamente esse novo modelo que poderá precarizar o atendimento. Que o digam os mais humildes, que se utilizam do serviço social: comenta-se que, no novo formato, eles não terão direito a velar seus entes queridos, como já funciona em outros municípios, para baixar custos. O tempo dirá.
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